Para Manuela Ferreira Leite, o guião de Portas é “um papel”

Antiga líder do PSD diz que 90% da reforma do Estado é uma análise do que se passou até à data.

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Ferreira Leite admite ter tido “um choque de expectativas” com o documento apresentado por Portas Daniel Rocha

No seu habitual comentário na TVI24, a ex-ministra de Cavaco Silva disse que este “era um tema que estava a ser incómodo para o Governo” e que “o facto de ter desparecido esse peso e essa pressão que existia na opinião pública pelo facto de não surgir nada ao fim de tantos anúncios deve dar algum alívio ao Governo por ter apresentado um papel”.

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No seu habitual comentário na TVI24, a ex-ministra de Cavaco Silva disse que este “era um tema que estava a ser incómodo para o Governo” e que “o facto de ter desparecido esse peso e essa pressão que existia na opinião pública pelo facto de não surgir nada ao fim de tantos anúncios deve dar algum alívio ao Governo por ter apresentado um papel”.

Manuela Ferreira Leite tinha “uma perspectiva diferente do que era a reforma do Estado” e admite ter tido “um choque de expectativas”.

Para a social-democrata, reforma do Estado implica mexer nas funções do Estado, na sua organização funcional e nos procedimentos para a execução dessas funções.

“Reforma do Estado, para mim, é pegar nas funções do Estado e não é isso que decorre do papel. [O que] Decorre do papel é um emaranhado, uma mistura destes três níveis”, acrescentou.

Para a antiga líder “laranja”, “90% do guião, ou daquele documento que foi apresentado, é uma análise do que se passou até à data e 10% é sobre o futuro que se verá quando deve ser”.

“Se eu quisesse dizer em que vai consistir a reforma do Estado, não consigo”, concluiu.