Facebook acaba com possibilidade de ocultar perfil nas pesquisas pelo nome

Até agora, os utilizadores que quisessem podiam ocultar o seu perfil nas buscas feitas pelo nome, mas a rede social diz que isso dava uma falsa ideia de segurança.

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As mudanças acontecem até Dezembro e os utilizadores vão ser alertados Thierry Roge/Reuters

A ideia é que cada vez mais as pessoas utilizem as possibilidades que o Facebook dá de limitar o acesso aos posts de cada vez que se partilha uma informação, em vez de se utilizarem estas restrições mais alargadas, avança a publicação especializada em tecnologia TechCrunch.

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A ideia é que cada vez mais as pessoas utilizem as possibilidades que o Facebook dá de limitar o acesso aos posts de cada vez que se partilha uma informação, em vez de se utilizarem estas restrições mais alargadas, avança a publicação especializada em tecnologia TechCrunch.

Até agora, ao utilizador, nas configurações de privacidade, uma das perguntas que era feita estava relacionada com quem podia pesquisar a sua timeline pelo nome. Era aí que se podia limitar a opção, por exemplo, a amigos ou a amigos de amigos.

Antevendo novos problemas em torno de receios sobre a privacidade, o Facebook, refere o TechCrunch, lembra que muitas vezes o nome da pessoa acabava por ser encontrado de outras formas, como quando alguém consultava uma lista de amigos onde esse utilizador estava incluído ou alguma foto onde a pessoa tinha sido identificada.

Até Dezembro, na parte superior da página dos utilizadores que tenham escolhido esta opção, aparecerão alertas para a mudança a explicar o que vai acontecer e a pedir que a pessoa confirme que percebeu o que está em causa.

Mas a verdade é que um estudo divulgado em Setembro e que contou com uma amostra de ex-utilizadores do Facebook indicou que preocupações relacionadas com a privacidade foram precisamente a causa mais frequente para deixar aquela rede social, a que se juntam factores como a perda de tempo e a artificialidade das amizades online.

As conclusões são de um estudo da Escola de Psicologia da Universidade de Viena, na Áustria, publicado em Setembro numa revista científica da especialidade, chamada Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking.

O objectivo dos investigadores era encontrar motivações e traços de personalidade que distingam as pessoas que usam o Facebook e aquelas que abandonam a rede social, fenómeno que designam como “suicídio da identidade virtual”. A amostra, não representativa, incluía 310 pessoas, de vários países, que tinham deixado o site, e 321 que eram utilizadoras.

As preocupações com a privacidade foram referidas por 48,3% dos ex-utilizadores, a quem foi pedido que explicassem, por escrito, os motivos para o abandono. O segundo motivo mais frequente, referido por 13,5%, foi um sentimento de insatisfação (onde os investigadores incluíram as respostas que se referiam a questões como alterações no design do Facebook, desagrado com a posição de “monopólio” e perda de tempo).