23% dos condutores portugueses já adormeceram ao volante

Inquérito online realizado a 12.000 condutores europeus de 19 países e respondido por 1.093 portugueses.

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Os objectivos desta investigação, coordenada pela psiquiatra Marta Gonçalves, Presidente da APS, são estimar a prevalência de adormecimento ao volante, descrever os acidentes causados pelo sono e identificar os factores que conduzem a uma maior probabilidade de adormecer durante a condução.

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Os objectivos desta investigação, coordenada pela psiquiatra Marta Gonçalves, Presidente da APS, são estimar a prevalência de adormecimento ao volante, descrever os acidentes causados pelo sono e identificar os factores que conduzem a uma maior probabilidade de adormecer durante a condução.

No inquérito online realizado a 12.000 condutores europeus de 19 países e respondido por 1.093 portugueses, concluiu-se que adormecer ao volante constitui um risco duas vezes maior para homens do que para mulheres e que acontece com maior incidência a quem conduz grandes distâncias e a quem sofre de apneia obstrutiva do sono.

O sono ao volante surge no documento como uma das principais causas de acidentes de viação, principalmente para os condutores profissionais, que segundo Marta Gonçalves “passam muitas horas seguidas na estrada”.

A incidência de doenças do sono representa um factor importante na sinistralidade rodoviária: “Adormecer ao volante ainda é uma das principais causas de acidentes de viação. Mas as patologias do sono podem ser tratadas”, explica a Presidente da APS.

Os resultados serão apresentados no Ministério da Administração Interna (MAI) no dia 3 de Outubro, dia de arranque da campanha europeia de sensibilização para os perigos de conduzir com sono. Com início no Porto e em Lisboa, a acção estende-se a outras cidades europeias até ao dia 14 deste mês. No dia 15, a Presidente da APS apresenta no Parlamento Europeu os resultados deste estudo.