Menezes promete inglês para todas as crianças do 1.º ciclo no Porto

Social-democrata pede “ampla maioria” e não maioria absoluta numa alusão a conviver com outros partidos no governo na autarquia.

“O Governo assumiu o carácter facultativo do inglês. Não se preocupem com isso. Já havia inglês em Gaia no primeiro ciclo ainda o engenheiro José Sócrates não tinha acordado. Comigo haverá inglês”, garantiu Menezes durante a apresentação do programa da sua candidatura, entre vários vídeos e palmas de apoiantes que encheram a sua sede.

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“O Governo assumiu o carácter facultativo do inglês. Não se preocupem com isso. Já havia inglês em Gaia no primeiro ciclo ainda o engenheiro José Sócrates não tinha acordado. Comigo haverá inglês”, garantiu Menezes durante a apresentação do programa da sua candidatura, entre vários vídeos e palmas de apoiantes que encheram a sua sede.

Um decreto-lei assinado pelo ministro Nuno Crato, em Julho deste ano, confere ao ensino de inglês no primeiro ciclo um carácter opcional. Cabe às escolas a decisão de o integrar no âmbito da oferta complementar, uma das componentes do currículo, ou enquadrar o ensino da língua nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), que se mantêm como actividades de frequência facultativa.

Menezes deixou no ar a possibilidade de vir a governar a câmara através de alianças ou compromissos pontuais com outras forças politicas. “Não vou ter a arrogância de pedir uma maioria absoluta. A nossa democracia permite governar em convívio [com outros partidos]”, disse Menezes, pedindo, em vez disso, uma “ampla maioria” que lhe permita a força suficiente para em nome da autarquia “negociar” dossiês em Lisboa e no “estrangeiro”.

Entre outros pontos do programa, Menezes salientou que vai apostar no orçamento participativo, no qual os cidadãos terão de definir opções de investimento e colocará à discussão pública com os portuenses os investimentos que ultrapassem um milhão de euros. “Vamos apostar numa lógica de cidadania”, disse.

“Ministério dos Negócios” local para promover a cidade

O candidato garantiu ainda que irá criar uma “Agência para a Promoção e desenvolvimento da cidade” que irá “funcionar como um pequeno ministério dos Negócios Estrangeiros” para promover a economia portuense e regional.

O turismo é outras das apostas fortes de Menezes que quer investir nos congressos, eventos e no turismo cultural, transformando a cidade numa “capital do turismo de congressos”. “O Porto pode ser o líder cultural e político deste projecto”, referiu remetendo para uma região que “vai deste Coimbra” até Espanha.

O programa da candidatura, que incide ainda sobre o desenvolvimento económico, prevê ainda a criação de “creches de quarteirão para ajudar os jovens casais da cidade nos primeiros três anos da vida” e uma linha SOS para “prestar pequenos serviços a idosos”.

Menezes, que garantiu, numa lógica de repovoamento, recuperar 50 mil cidadãos da classe média para o Porto que nos últimos anos “perdeu 100 mil”, disse que irá proceder à “desguetização” e um “trabalho profiláctico” dos bairros sociais através da oferta de formação nas escolas de actividades culturais e musicais. 

O antigo líder do PSD admitiu-se envergonhado com o “estado do património edificado da cidade”, numa crítica ao ainda presidente social-democrata Rui Rio, e criticou a lógica de, com a actual reabilitação urbana em curso, dividir a cidade em espaços para “pessoas de classe alta” e espaços para “pessoas de extractos baixos”. “Comigo isso vai acabar”, disse.