Economia paralela em Portugal representa 33 mil milhões de euros por ano

Economista alemão defende que Portugal "não está mal" em termos de corrupção, já que é, a nível mundial, o 32.º país menos corrupto.

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Segundo este especialista, em termos percentuais, Portugal situa-se "a meio da tabela" europeia no que respeita à economia paralela.

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Segundo este especialista, em termos percentuais, Portugal situa-se "a meio da tabela" europeia no que respeita à economia paralela.

Friedrich Schneider disse que em 2003 a economia paralela em Portugal representava 23 por cento do PIB nacional, mas o seu peso foi diminuindo até chegar aos 18,7%, em 2008.

Em 2009, ano em que "estalou" a crise, a percentagem "deu um salto" para 19,5%, tendo-se entretanto mantido "mais ou menos estável" até hoje.

Professor catedrático da Universidade de Linz, na Áustria, Friedrich Schneider é um perito mundial sobre economia paralela.

Hoje dá uma conferência na Universidade do Minho, em Braga, sobre "Economia paralela, evasão fiscal e corrupção em Portugal e noutros países da OCDE – O que pode ser feito?".

Em termos de corrupção, Schneider disse que Portugal "não está mal", já que é, a nível mundial, o 32.º país menos corrupto.

"A corrupção não é um dos grandes problemas de Portugal", admitiu.

Em Janeiro de 2012, um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto indicava que a economia paralela em Portugal valia 24,8% do PIB em 2010, ou seja, mais de 40 mil milhões de euros.