Aguiar-Branco enaltece ensino militar em carta enviada aos pais dos alunos

Ministro da Defesa procura serenar contestação. Estabelecimentos militares de ensino estão entre as “melhores escolas do país”.

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O Colégio Militar passará já este ano a ter alunas do Instituto de Odivelas Daniel Rocha

“A reforma que estamos a concretizar não é só o garante da viabilidade desta oferta de ensino como vai permitir, ainda, que muitos mais jovens — rapazes e raparigas — possam dela beneficiar. É para isso que o Ministério da Defesa Nacional vai continuar a investir milhões de euros nos estabelecimentos militares de ensino, rentabilizando todos os recursos disponíveis”, escreve José Pedro Aguiar-Branco, em carta hoje enviada aos encarregados de educação das referidas escolas e à qual a agência Lusa teve acesso.

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“A reforma que estamos a concretizar não é só o garante da viabilidade desta oferta de ensino como vai permitir, ainda, que muitos mais jovens — rapazes e raparigas — possam dela beneficiar. É para isso que o Ministério da Defesa Nacional vai continuar a investir milhões de euros nos estabelecimentos militares de ensino, rentabilizando todos os recursos disponíveis”, escreve José Pedro Aguiar-Branco, em carta hoje enviada aos encarregados de educação das referidas escolas e à qual a agência Lusa teve acesso.

Os estabelecimentos militares de ensino, sublinha o governante, “prosseguirão na formação de excelência” dos jovens de Portugal, “o mais rico do que dispomos para assegurar um futuro de que o país se possa orgulhar”.

Aguiar-Branco reconhece que este será um ano lectivo “de transição e, por isso, histórico”. Será um ano, assinala ainda, “que ninguém — pais, professores, auxiliares ou alunos — vai esquecer”.

“Temos um modelo de ensino de excelência. Um modelo que não se esgota nas salas de aula. Valores como o do trabalho, da responsabilidade e da solidariedade são determinantes para a formação integral dos nossos alunos”, escreve também Aguiar-Branco aos encarregados de educação.

Num despacho de Abril, o ministro da Defesa determinou a transformação do Colégio Militar num internato/externato com rapazes e raparigas e a consequente construção de infra-estruturas de internato feminino, absorvendo as alunas do Instituto de Odivelas.

Candidataram-se ao Colégio Militar, para o próximo ano lectivo, 353 alunos e, destes, 84 são raparigas em regime externo, em consequência da integração com o Instituto de Odivelas, outro dos estabelecimentos militares de ensino não superior.