Populares impediram padre de tomar posse em paróquia de Viana do Castelo

A população da vila de Punhe diz que está de luto.

A posição foi transmitida à agência Lusa pelo vigário-geral da diocese, depois de dezenas de populares daquela freguesia terem impedido, no domingo, a tomada de posse do novo padre, que passaria a acumular com a paróquia de Mujães, a qual lidera há vários anos.

"Não houve mais nada, porque eles [padre e arcipreste] foram embora. Lamento muito o que aconteceu e ficamos todos muito magoados, isto não era esperado", acrescentou Sebastião Ferreira.

O padre Manuel Martins da Costa Pereira foi recebido em protesto por dezenas de populares, que o insultaram e vaiaram, junto à igreja paroquial de Vila de Punhe, quando pretendia tomar posse e celebrar a eucaristia dominical, prevista para as 10h.

Foi ainda colocada na fachada da mesma igreja uma tarja na qual se lia "Vila de Punhe está de luto", rejeitando o mesmo padre para as duas freguesias. A população receia, nomeadamente, a redução do número de celebrações a realizar na paróquia.

A situação vivida na manhã de domingo foi confirmada à Lusa pelo próprio padre Manuel Pereira, que se escusou a fazer mais comentários. Na altura encontrava-se acompanhado do arcipreste de Viana do Castelo, padre Armando Dias, que lhe deveria dar posse como pároco de Vila de Punhe, em acumulação com Mujães.

O vigário-geral da diocese de Viana do Castelo admitiu a sua "surpresa" com a situação e confirmou que devido à atitude dos populares não foi possível dar posse ao novo padre daquela freguesia.

"Estavam muitas pessoas em atitudes agressivas frente ao senhor arcipreste e ao senhor padre. Eles próprios é que entenderam que não havia condições para entrarem na igreja e, prevendo o pior, optaram por ir embora", disse o vigário-geral, lamentando o momento vivido no exterior do templo.

As celebrações em Vila de Punhe, admitiu ainda, deverão ser retomadas no próximo fim-de-semana, mas ainda não é conhecido o sacerdote que as vai conduzir.

A decisão da diocese de colocar o mesmo padre a liderar as paróquias de Mujães e de Vila de Punhe ficou a dever-se aos pedidos de substituição apresentados nos últimos meses por outros sacerdotes, que estavam ali colocados provisoriamente.

A diocese admitiu também existir uma falta de padres para acompanhar as 291 paróquias do distrito de Viana do Castelo, tarefas para as quais conta com apenas 150 sacerdotes em exercício.

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A posição foi transmitida à agência Lusa pelo vigário-geral da diocese, depois de dezenas de populares daquela freguesia terem impedido, no domingo, a tomada de posse do novo padre, que passaria a acumular com a paróquia de Mujães, a qual lidera há vários anos.

"Não houve mais nada, porque eles [padre e arcipreste] foram embora. Lamento muito o que aconteceu e ficamos todos muito magoados, isto não era esperado", acrescentou Sebastião Ferreira.

O padre Manuel Martins da Costa Pereira foi recebido em protesto por dezenas de populares, que o insultaram e vaiaram, junto à igreja paroquial de Vila de Punhe, quando pretendia tomar posse e celebrar a eucaristia dominical, prevista para as 10h.

Foi ainda colocada na fachada da mesma igreja uma tarja na qual se lia "Vila de Punhe está de luto", rejeitando o mesmo padre para as duas freguesias. A população receia, nomeadamente, a redução do número de celebrações a realizar na paróquia.

A situação vivida na manhã de domingo foi confirmada à Lusa pelo próprio padre Manuel Pereira, que se escusou a fazer mais comentários. Na altura encontrava-se acompanhado do arcipreste de Viana do Castelo, padre Armando Dias, que lhe deveria dar posse como pároco de Vila de Punhe, em acumulação com Mujães.

O vigário-geral da diocese de Viana do Castelo admitiu a sua "surpresa" com a situação e confirmou que devido à atitude dos populares não foi possível dar posse ao novo padre daquela freguesia.

"Estavam muitas pessoas em atitudes agressivas frente ao senhor arcipreste e ao senhor padre. Eles próprios é que entenderam que não havia condições para entrarem na igreja e, prevendo o pior, optaram por ir embora", disse o vigário-geral, lamentando o momento vivido no exterior do templo.

As celebrações em Vila de Punhe, admitiu ainda, deverão ser retomadas no próximo fim-de-semana, mas ainda não é conhecido o sacerdote que as vai conduzir.

A decisão da diocese de colocar o mesmo padre a liderar as paróquias de Mujães e de Vila de Punhe ficou a dever-se aos pedidos de substituição apresentados nos últimos meses por outros sacerdotes, que estavam ali colocados provisoriamente.

A diocese admitiu também existir uma falta de padres para acompanhar as 291 paróquias do distrito de Viana do Castelo, tarefas para as quais conta com apenas 150 sacerdotes em exercício.