Apple quer alargar o seu mercado com um iPhone low cost
Os analistas prevêem que a Apple levante o véu sobre um modelo mais barato do iPhone, para concorrer com os fabricantes low cost – há um evento agendado para terça-feira na sede da empresa, em Silicon Valley.
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Os analistas prevêem que a Apple levante o véu sobre um modelo mais barato do iPhone, para concorrer com os fabricantes low cost – há um evento agendado para terça-feira na sede da empresa, em Silicon Valley.
A Apple deverá também apresentar uma versão melhorada do clássico iPhone, que, segundo analista Charles Golvin, da Forrester, deverá chamar-se “5S” e ter “a mesma aparência das versões anteriores, mas com um novo processador mais rápido e novas capacidades gráficas”.
Como já é habitual, o lançamento de cada novo modelo é sinónimo de rumores na Internet, que desta vez passam pela possível introdução da cor dourada e de um reconhecimento por impressão digital, que reforçaria a segurança.
O iPhone low cost deverá chamar-se “5C”, porque “será proposto em várias cores, como o iPod Touch”, explicou Charles Golvin à AFP.
Para este analista, o 5C será importante para ganhar clientes na China e nos mercados emergentes, onde é intensa a concorrência de modelos mais baratos, equipados com o sistema Android da Google.
A Apple também convidou a imprensa para um evento em Pequim, onde os peritos prevêem que será desvendada uma parceria com o principal operador chinês de telemóveis, a China Mobile, que tem 700 milhões de clientes no país.
Capacidade de inovação em questão
A estratégia da Apple quanto ao iPhone foi historicamente focada em produtos de gama alta, com preços elevados, e o grupo sempre se mostrou “incapaz de oferecer produtos adaptados” a 60% do público potencial de smartphones, o que deverá mudar com o 5C, sublinha, por sua vez, a corretora Cantor Fitzgerald, numa nota citada pela AFP.
Os analistas, por outro lado, não esperam qualquer anúncio sobre um relógio inteligente ou a Apple TV, dois temas que também têm sido alvo de especulações constantes.
Charles Golvin acredita que a Apple não perdeu a sua capacidade de inovação, como dizem vários analistas, como Trip Chowdhy, da Global Equities Research.
“Há um fluxo quase constante de críticas, mas elas são mais evidentes em relação à Apple”, porque “o grupo lançou produtos que mudaram verdadeiramente a forma como as pessoas vivem”, assinala Golvin.
O mercado de smartphones é dominado pelos aparelhos com sistema Android, que representam três quartos do mercado, mas a empresa analista IDC prevê que a Apple aumente a sua quota para 17,9% neste ano, face aos 16,9% em 2012.
O anúncio de terça-feira poderá ainda incluir uma nova versão do sistema operativo iOS. Será a sétima versão e poderá incluir um serviço de rádio iTunes, com mais de 200 estações, e um catálogo de música. Com recurso à aplicação Siri, será possível perguntar ao telefone: “quem canta esta canção?"