Portas garante que economia começou a sair “do fundo”

Vice-primeiro-ministro defendeu que os sinais de recuperação devem ser compreendidos e protegidos.

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Paulo Portas Nuno Ferreira Santos

“Como era inevitável depois de um resgate com a violência que teve o resgate português, a economia portuguesa bateu no fundo. Aquilo que mais queremos poder dizer, e começa a haver sinais disso, é que sim, bateu no fundo por causa do resgate, mas já de lá saiu e já começou a recuperar e já lá não voltará”, afirmou.

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“Como era inevitável depois de um resgate com a violência que teve o resgate português, a economia portuguesa bateu no fundo. Aquilo que mais queremos poder dizer, e começa a haver sinais disso, é que sim, bateu no fundo por causa do resgate, mas já de lá saiu e já começou a recuperar e já lá não voltará”, afirmou.

Intervindo neste sábado na convenção autárquica do CDS-PP do distrito de Lisboa, que decorreu em Loures, o líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro considerou que existem “sinais ténues que ainda não estão garantidos” e que “precisam de ser compreendidos e protegidos para que se possam tornar uma tendência”.

“Estes sinais de que pode haver crescimento, de que pode haver redução do desemprego, de que as exportações continuam a crescer, de que o investimento na agricultura está a bom nível, de que a produção industrial revelou algumas melhorias, devem ser compreendidos, entendidos e devem ser protegidos porque são fundamentais para existir confiança no futuro”, afirmou.

Paulo Portas considerou que o CDS-PP tem tido uma “linguagem temperada” nas reacções aos dados que indicam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,1% no segundo trimestre do ano, frisando que “apesar de não ter ainda espessura suficiente” são sinais “importantes para dar confiança”.

Paulo Portas destacou que “o número de desempregados registados está a descer” e ainda o “extraordinário comportamento das exportações portuguesas” para mercados não tradicionais.

Segundo Paulo Portas, estes sinais da economia portuguesa “significam acima de tudo que o sector privado está a querer investir, crescer e criar emprego”. O essencial do crescimento económico passará pelo sector privado e o “essencial do investimento vai ter que ser privado, nacional ou estrangeiro, porque o país está a passar restrições orçamentais”, sustentou.

O presidente do CDS-PP considerou, por isso, “muito relevante” avançar com a reforma do IRC para que nos próximos anos “a taxa vá baixando progressivamente para haver crescimento e haver emprego”. O vice-primeiro-ministro referiu-se ainda a medidas do Governo no sector da Educação, saudando a aprovação do novo estatuto do ensino particular e cooperativo, por considerar que a reforma irá aumentar a “liberdade de escolha” dos cidadãos.