Num derby de estreantes, foi Markovic quem brilhou mais alto

Fredy Montero abriu o marcador para o Sporting e somou o quinto golo em três jogos na I Liga, mas o sérvio do Benfica arrancou sozinho o empate na segunda metade. Ninguém mereceu perder.

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Ninguém terá ficado desiludido com o primeiro grande jogo da temporada. Numa partida intensa, com incerteza no resultado até ao último instante, cada um dos conjuntos em confronto aproveitou a sua melhor fase para marcar. Os “leões” nos primeiros instantes da partida, os “encarnados” na primeira metade da segunda parte, depois de corrigirem no balneário a pálida exibição do primeiro tempo.

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Ninguém terá ficado desiludido com o primeiro grande jogo da temporada. Numa partida intensa, com incerteza no resultado até ao último instante, cada um dos conjuntos em confronto aproveitou a sua melhor fase para marcar. Os “leões” nos primeiros instantes da partida, os “encarnados” na primeira metade da segunda parte, depois de corrigirem no balneário a pálida exibição do primeiro tempo.

Com cinco jogadores estreantes absolutos no derby lisboeta, o Sporting não acusou nervosismo e imprimiu desde o apito inicial grande intensidade. Durante os primeiros 15’, os “leões” remeteram o adversário para o seu meio-campo, construindo amiúde lances de perigo para a baliza de Artur.

Determinado e moralizado, fruto do bom arranque de temporada, o conjunto de Alvalade pressionou o Benfica e impediu a primeira fase de construção “encarnada”. André Martins e Adrien tinham particulares preocupações com Matic, que não conseguiu ser o habitual pêndulo do futebol da equipa da Luz. Esta pressão alta resultou em várias recuperações de bola, prontamente transformadas em rápidos contra-ataques.

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Um deles acabou por ser letal, logo aos 10’. Numa rápida e bem delineada jogada da formação “leonina”, Fredy Montero combinou com André Martins, com o português na direita a devolver a bola ao colombiano que, na área, cabeceou para o golo. O atacante estava, no entanto, em posição irregular na primeira fase do lance.

A resposta do Benfica surgiu aos 16’. Na sequência de um lançamento de linha lateral, Rodrigo cabeceou à barra da baliza de Rui Patrício, numa jogada em que o espanhol estava, igualmente, em fora-de-jogo. O ritmo intenso do encontro foi diminuindo até ao intervalo, com os “leões” a procurarem visar a baliza adversária através de remates de longe, mas sem pontaria.

A perder, as preocupações de Jorge Jesus intensificaram-se com as lesões de Enzo Perez (43’) e Salvio (45’), duas peças fundamentais na estratégia do treinador, que estiveram ontem muito abaixo dos níveis habituais. E os imprevistos para o treinador “encarnado” não ficariam por aqui. Entraram na partida Ruben Amorim e Markovic a acabar o primeiro tempo e, no recomeço, foi Cardozo a sair do banco para render Gaitán, que acusou problemas físicos.

Substituições imprevistas, mas que acabaram por ter efeitos benéficos para o Benfica. Especialmente a entrada de Markovic, que revolucionou o futebol atacante da equipa da Luz. Com o jovem sérvio passou a ser bem mais fácil chegar à baliza “leonina” e ele fê-lo quase sempre sozinho. Depois de alguns ensaios, aos 65’, numa das suas hipnotizantes arrancadas com a bola nos pés passou por toda a defesa sportinguista e só parou para festejar o golo do empate.

Com uma atitude totalmente diferente, o Benfica subiu as suas linhas e conseguiu repartir uma partida até então dominada pelo adversário. O Sporting teve maturidade para sofrer durante o período de maior pressão “encarnada” e reequilibrou o jogo. Principalmente devido a entrada de Capel, a render Carrillo, que acusou o esforço do primeiro tempo, como alguns outros colegas de equipa.

Os instantes finais foram emotivos, com a equipa da casa a voltar a carregar e a acreditar que poderia sair vencedor. Através de remates de longe e na cobrança de livres esteve próximo de alcançar o objectivo. Não o conseguiu, mas comprovou que o Sporting de Leonardo Jardim está muito diferente e para melhor.

Figura do Jogo: Lazar Markovic

Entrou no encontro instantes antes do intervalo, mas guardou para o reatamento o seu futebol perfumado. Depois de algumas ameaças, agarrou na bola, ultrapassou vários adversários e, só com Rui Patrício pela frente, fez passar a bola por entre as pernas do guarda-redes “leonino”, que já havia impedido o sérvio de marcar instantes antes, num lance idêntico, com uma grande defesa. Depois de já ter salvo a equipa na partida com o Gil Vicente, com um golo nos descontos, que acabou por resultar na reviravolta no marcador (2-1), este jovem de 19 anos está a comprovar todos os indicadores que deixou durante a pré-temporada (somou quatro golos). O Benfica pagou 10 milhões de euros ao Partizan que prometem ser uma pechincha face à qualidade e talento que exibe.