Ao 16.º combate, Guardiola voltou a deixar Mourinho KO

O Chelsea teve a Supertaça europeia na mão, mas o Bayern Munique conquistou o troféu nas grande penalidades

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O 16.º duelo entre Mourinho e Guardiola mostrou um Bayern anémico, ainda longe da qualidade exibida na época passada, mas, apesar do susto, o treinador catalão não deixou escapar o segundo troféu em 33 dias.

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O 16.º duelo entre Mourinho e Guardiola mostrou um Bayern anémico, ainda longe da qualidade exibida na época passada, mas, apesar do susto, o treinador catalão não deixou escapar o segundo troféu em 33 dias.

Com uma pesada herança de Jupp Heynckes, Guardiola estava sob pressão. O técnico já tinha perdido o primeiro dos seis troféus que tem em disputa esta época (Supertaça alemã) e, contra si, jogava também a tradição: nas três ocasiões em que tinha disputado a Supertaça, o Bayern tinha saído sempre derrotado.

Para Mourinho, o cenário era mais confortável. Para além de não ter a pressão de ser o favorito, o que permitiria ao português jogar na expectativa como gosta, Mourinho tinha a equipa na máxima força, ao contrário de Guardiola, que se viu privado de uma das peças-chave do Bayern (Schweinsteiger).

Desta vez, contudo, Mourinho mostrou-se ambicioso e não abdicou de um ponta-de-lança — Fernando Torres foi titular. E a aposta foi premiada logo aos 8’ quando o espanhol, com um grande remate de primeira, bateu Neuer.

Ao bom estilo do Barcelona de Pep, o Bayern dominava (quase 70% de posse de bola aos 20 minutos), mas Petr Cech apenas aos 22’ teve que se aplicar para travar um remate de Ribéry. E o guarda-redes do Chelsea pouco mais teve para fazer na primeira parte. A supremacia germânica não tinha efeitos práticos e, até ao intervalo, apenas Muller criou perigo.

A segunda parte começou com novo grande golo, desta vez para o Bayern, com Ribéry a mostrar que mereceu receber o prémio de melhor jogador da UEFA.

No entanto, depois de chegar ao empate, os alemães perderam acutilância e foi o Chelsea que pareceu sempre estar mais perto da vitória. Até que, aos 85’, Ramirez foi expulso. Em inferioridade numérica e com um prolongamento pela frente, Mourinho parecia condenado a mais uma derrota frente a Guardiola, mas Neuer deu uma ajuda ao português: aos 93’, Hazard rematou rasteiro e o guarda-redes foi muito mal batido.

A perder, o Bayern lançou-se no ataque, dispôs de várias oportunidades, mas Petr Cech parecia imbatível. Só que, no último suspiro, Javi Martínez fez o 2-2 e adiou tudo para as grandes penalidades.

Na marca dos 11 metros, Lukaku falhou o derradeiro pontapé e deu o troféu ao Bayern e mais uma vitória a Guardiola sobre Mourinho (8 contra 3, com cinco empates pelo meio).