Governo quer antecipar ajudas directas aos agricultores

Pagamento é feito por Bruxelas e não pesa no orçamento nacional.

Foto
Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque Nuno Ferreira Santos

“Isto permitirá aos agricultores receber 50% ou 80%, dependendo do tipo de ajuda, já em Outubro em vez de o receber em Dezembro”, disse, adiantando que a antecipação se "justifica, no caso de Portugal, com as cheias" do início do ano.

As ajudas directas são pagas aos agricultores por Bruxelas, não passando pelos orçamentos nacionais. A antecipação só é possível, explicou o governante, quando o sistema de controlos das ajudas está a funcionar bem e a bom ritmo o que, diz, é o caso.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Isto permitirá aos agricultores receber 50% ou 80%, dependendo do tipo de ajuda, já em Outubro em vez de o receber em Dezembro”, disse, adiantando que a antecipação se "justifica, no caso de Portugal, com as cheias" do início do ano.

As ajudas directas são pagas aos agricultores por Bruxelas, não passando pelos orçamentos nacionais. A antecipação só é possível, explicou o governante, quando o sistema de controlos das ajudas está a funcionar bem e a bom ritmo o que, diz, é o caso.

Com esta medida, “consegue-se dar maior liquidez aos agricultores e assim potenciar o investimento”, explicou Albuquerque no briefing que decorreu nesta terça-feira, adiantando que a execução dos programas de ajudas na agricultura está já nos 68%, mais 2% que a média europeia.

O governante salientou o peso positivo que a agricultura tem dado para a economia nacional, relembrando que houve um aumento de 8% das exportações no ano passado e que a produção já ascende a seis mil milhões de euros, valor que não inclui a agro-indústria. Referiu também que há cada vez mais jovens no sector, tendo o Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) apoiado a instalação de seis mil jovens agricultores, o que gerou 11 mil postos de trabalho.

“Há mais jovens, com mais formação, a fixar-se no interior, sendo que 40% são mulheres, o que leva para o sector inovação e ideias novas”, sublinhou. Com esta antecipação, reforçou, gera-se mais emprego, mais exportação e menos défice.