Descida de desemprego não é motivo de euforia, diz Mota Soares

CGTP atribui descida do desemprego à época de Verão, UGT tem “expectativa positiva em relação ao futuro”.

Foto
Até Outubro, a Segurança Social já gastou mais 403 milhões de euros com subsídios de desemprego Adriano Miranda

“Sabemos que, neste momento, o país continua a ter no desemprego a sua maior dificuldade”, afirmou Mota Soares à saída da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, nesta quarta-feira, frisando que “a situação é muito difícil para os desempregados em Portugal”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Sabemos que, neste momento, o país continua a ter no desemprego a sua maior dificuldade”, afirmou Mota Soares à saída da reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, nesta quarta-feira, frisando que “a situação é muito difícil para os desempregados em Portugal”.

Mas estes números, afirmou, mostram que a redução significa que cerca de 20 mil pessoas deixam de estar desempregadas (com a descida consecutiva do desemprego, em Maio e Junho). “É a primeira vez nos últimos 24 meses que há uma descida consecutiva, por dois meses, da taxa de desemprego, descontando o efeito da sazonalidade” em particular no sector do turismo.

Já o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, desvalorizou a descida e atribui-a à criação de mais oportunidades de emprego, nomeadamente no sector do turismo, nesta época do ano.

Quando terminar o período de Verão, acredita, o aumento do desemprego vai continuar. E acrescenta: “Por outro lado, isso não está desligado de outro factor que muito nos preocupa, que é a questão da emigração. Há muito trabalhadores que aproveitam esta época para irem trabalhar para outros países.”

Carlos Silva, secretário-geral da UGT, considera que os dados deixam alguma “expectativa positiva em relação ao futuro”: “Passar de 17,6% para 17,4% num quadro de alguma recessão económica que continuamos a viver deixa-nos com expectativas.”