UE e China encontram "solução amigável" sobre painéis solares

Foto
PÚBLICO

“Nós encontrámos uma solução amigável para o caso dos painéis solares UE-China que vai conduzir a um novo equilíbrio no mercado para um nível de preços mais sustentável”, indicou o comissário europeu do Comércio, Karel de Gucht, em comunicado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Nós encontrámos uma solução amigável para o caso dos painéis solares UE-China que vai conduzir a um novo equilíbrio no mercado para um nível de preços mais sustentável”, indicou o comissário europeu do Comércio, Karel de Gucht, em comunicado.

Segundo o comissário, após semanas de negociações, as duas partes acordaram num preço mínimo para a importação de painéis solares chineses.

A solução revela uma "atitude flexível e pragmática" classificou o Governo chinês. "A conslusão positiva e construtiva das negociações demonstra plenamente, de ambas as partes, uma atitude pragmática e flexível, revela uma sabedoria para a resolução dos diferendos", declarou Shen Danyang, porta-voz do ministério chinês do Comércio, citado pela AFP.

A Comissão Europeia tinha imposto, em Junho, uma tarifa de 11,8% sobre a importação de painéis solares "made in China", depois de fabricantes europeus do sector terem acusado os concorrentes chineses de "dumping".

Se as duas partes não alcançassem um acordo, em Agosto, aquela taxa subiria para 47,6%. As negociações entre técnicos europeus e chineses começaram há cerca de um mês em Bruxelas para tentar "encontrar uma solução amigável", que agora foi encontrada.

A União Europeia é o maior parceiro comercial da China. Pelas contas chinesas, em 2011, as exportações chinesas de material solar para a União Europeia somaram 35.800 milhões de dólares (27.000 milhões de euros), mais 28.300 milhões de dólares (21.400 milhões de euros) do que as suas importações de equipamento europeu para o sector.