Unidades de Saúde de Viseu passam a encerrar mais cedo

Medida contestada pela Associação de Unidades de Saúde Familiar.

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As Unidades de Saúde Familiar do distrito passam a fechar às 20h aos dias de semana Rui Gaudêncio

O alargamento do horário nas USF pretendia melhorar a prestação de cuidados de saúde integrados. Porém, com a nova medida, os utentes passam a ter um acesso ao secretariado clínico mais limitado. Milhares de consultas deixarão de ser realizadas nestas unidades, o que obrigará os cidadãos a recorrerem aos Serviços de Atendimento de Situações Urgentes (SASU) e aos Serviços de Urgência dos Hospitais, onde tanto as taxas moderadoras como os medicamentos e os meios auxiliares de diagnósticos possuem custos elevados.

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O alargamento do horário nas USF pretendia melhorar a prestação de cuidados de saúde integrados. Porém, com a nova medida, os utentes passam a ter um acesso ao secretariado clínico mais limitado. Milhares de consultas deixarão de ser realizadas nestas unidades, o que obrigará os cidadãos a recorrerem aos Serviços de Atendimento de Situações Urgentes (SASU) e aos Serviços de Urgência dos Hospitais, onde tanto as taxas moderadoras como os medicamentos e os meios auxiliares de diagnósticos possuem custos elevados.

“Esta alteração da carga horária levará a uma diminuição da acessibilidade aos cuidados de saúde primários dos pacientes”, revelou Luís Albuquerque, vice-presidente da USF-AN, ao PÚBLICO. “Este é o horário mais procurado pelos utentes, uma vez que se situa fora do expediente de trabalho. Somos obrigados muitas vezes a aumentar os recursos humanos operacionais, já que alcançamos nesse período um número de consultas que excede o previsto”.

Esta decisão prende-se essencialmente com uma política de “contenção de custos, e não podemos de alguma maneira concordar com esta medida”, defende Luís Albuquerque.