Ministra das Finanças diz que crise política ameaça “caminho” já percorrido

Na sua estreia como ministra num debate parlamentar, Maria Luís Albuquerque afirmou que "a situação é muito frágil".

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Maria Luís Albuquerque e Pedro Mota Soares reagiram aos mais recentes números do INE Enric Vives Rubio

Numa intervenção no debate sobre a moção de censura, a ministra apontou a consolidação orçamental como o rumo a manter, embora também tenha lembrado que a flexibilização dos limites do défice conseguida pelo Governo junto da troika “permitiu reduzir os custos sociais do ajustamento”.

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Numa intervenção no debate sobre a moção de censura, a ministra apontou a consolidação orçamental como o rumo a manter, embora também tenha lembrado que a flexibilização dos limites do défice conseguida pelo Governo junto da troika “permitiu reduzir os custos sociais do ajustamento”.

Maria Luís Albuquerque recordou o resultado positivo conseguido na emissão de dívida em Maio, mas salientou que a crise política aberta nas últimas semanas pode destruir a credibilidade e confiança que “tanto tempo” levou a construir. Os acontecimentos das últimas semanas “provam que a situação é muito frágil”, afirmou.

Sem se referir ao crescimento económico como uma meta para o futuro, a ministra das Finanças apontou os objectivos da próxima fase: estabilidade financeira e sustentabilidade das finanças públicas.

Em resposta a Heloísa Apolónia, que questionou sobre se mantém os cortes de 4,7 mil milhões de euros, Maria Luís Albuquerque foi lacónica: “Nós temos compromissos assumidos.” Já dirigindo-se à bancada do PCP, que a questionou sobre o significado da sua substituição à frente do Ministério das Finanças, a ministra reiterou haver "uma política de continuidade”. “Vítor Gaspar era membro deste Governo e este Governo não mudou”, afirmou.