Ministro das Finanças alemão defende flexibilização dos mercados laborais do Sul

Schäuble considera que uma "certa flexibilização" fomentaria a criação de emprego.

Foto
Espanha está no bom caminho, diz Schäuble Foto: Reuters

Numa mensagem vídeo com formato de entrevista, o titular das Finanças valorizou a dificuldade para despedir os trabalhadores com experiência nalguns países do Sul da zona euro, mas argumentou que isso dificulta a contratação de jovens.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa mensagem vídeo com formato de entrevista, o titular das Finanças valorizou a dificuldade para despedir os trabalhadores com experiência nalguns países do Sul da zona euro, mas argumentou que isso dificulta a contratação de jovens.

"Quando a protecção contra os despedimentos é alta, os mais velhos não podem ser despedidos e isso está bem, mas então os jovens não têm acesso [ao mercado laboral]", afirmou Schäuble num vídeo exibido na página Web do Ministério das Finanças alemão.

Schäuble, que evitou citar nomes de países, considera que os mercados laborais de alguns dos países da zona euro têm um "regulamento rígido" e que uma "certa flexibilização" fomentaria a criação de emprego.

Neste sentido, Schäuble sublinhou que as condições impostas aos países que receberam resgates e ajudas financeiras incluem reformas do mercado laboral deste tipo.

O ministro adiantou que a introdução de empregos temporários e de "minijobs" - empregos com um horário laboral até 40 horas por semana por um máximo de 450 euros e sem contribuições - teve "muito sucesso" na Alemanha na luta contra o desemprego.

A diferente regulamentação do mercado laboral na zona euro explica as actuais diferenças de conjuntura entre a Alemanha e alguns parceiros da zona euro, adiantou Schäuble.

Schäuble resumiu ainda as iniciativas europeias e da Alemanha para ajudar os países em crise, das quais destacou o fundo comunitário contra o desemprego dotado de 6000 milhões de euros e as linhas de financiamento bilaterais acordadas com países como Espanha para apoiar as PME.