Director do Mecanismo Europeu de Estabilidade "não exclui" novo resgate a Portugal e Grécia

Em entrevista publicada hoje, o director executivo do ESM, Klaus Regling, afirma que "Portugal fez muito bem até algumas semanas atrás, quando começaram problemas políticos no Governo", adiantando que os "progressos têm sido importantes, o país implementou medidas fortes, mas não acabou e Portugal precisa de continuar".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em entrevista publicada hoje, o director executivo do ESM, Klaus Regling, afirma que "Portugal fez muito bem até algumas semanas atrás, quando começaram problemas políticos no Governo", adiantando que os "progressos têm sido importantes, o país implementou medidas fortes, mas não acabou e Portugal precisa de continuar".

No entanto, "se precisar de mais ajuda, o Governo pode pedir, mas é muito cedo para dizer [se necessitará] porque o programa de Portugal tem ainda quase um ano até acabar na metade de 2014", apontou.

Questionado pelo jornal económico se Portugal e Grécia poderão recorrer a um novo resgate, Regling afirmou "não excluir" a possibilidade.

Klaus Regling adiantou que "ainda há dinheiro disponível para o país" do fundo de estabilidade financeira e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Até muito recentemente os mercados compreenderam que Portugal tinha feito progresso considerável. As taxas de juros caíram significativamente para cerca de 6,8%, metade do registado no auge da crise".

Questionado se poderá acontecer a reestruturação da dívida em Portugal, Regling disse não ver necessidade, "embora possam existir algumas especulações".