Twitter vai seguir tudo o que fazemos online para nos dirigir publicidade

Modelo será aplicado “em breve” nos EUA. Utilizadores vão poder optar por não serem monitorizados.

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Gianfranco Ravasi defende que "Jesus usou o tweet antes de todos" Kimihiro Hoshino

O recurso a cookies para seguir cibernautas pela rede – para saber que sites visitaram, que buscam fizeram, e depois usar essa informação no envio de publicidade – não é novo. Era usado antes de as redes sociais se massificarem e defenderem um modelo diferente para anúncios seleccionados, baseando-se nos dados recolhidos nas próprias redes sociais.

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O recurso a cookies para seguir cibernautas pela rede – para saber que sites visitaram, que buscam fizeram, e depois usar essa informação no envio de publicidade – não é novo. Era usado antes de as redes sociais se massificarem e defenderem um modelo diferente para anúncios seleccionados, baseando-se nos dados recolhidos nas próprias redes sociais.

Há menos de um ano, o Facebook deu o braço a torcer e começou a acompanhar o historial de navegação dos seus utilizadores. Agora, é a vez do Twitter. Para já, vai começar nos Estados Unidos. No comunicado em que dá conta da novidade, publicado nesta quarta-feira, os responsáveis da empresa não avançam quaisquer perspectivas para o resto do mundo.

“A começar em breve, vamos experimentar uma forma de tornar os anúncios no Twitter mais úteis para os nossos utilizadores nos Estados Unidos, mostrando conteúdo promovido por marcas e empresas nos quais tenham mostrado interesse”, lê-se naquela nota. O texto sublinha que os utilizadores “não vão ver mais anúncios no Twitter, mas talvez vejam melhores”.

Além da possibilidade de dirigir publicidade com base no historial de navegação de cada um, o Twitter também passa a permitir que empresas optem por promover anúncios junto de utilizadores daquela rede que subscrevem as suas newsletters. Isto é possível com recurso à lista de emails que recebem essas newsletters, que as empresas passarão ao Twitter.

Esta informação é trocada de forma a manter anónimos os endereços de correio electrónico. O Twitter garante ainda que não dará aos anunciantes “qualquer informação adicional” sobre os seus utilizadores, que vão poder optar por não participar neste modelo.

“Apesar de queremos que os nossos anúncios sejam mais úteis, também queremos dar opções de privacidade simples e significativas aos utilizadores”, continua o comunicado. Sendo um dos defensores do Do not track, ferramenta que impede que os sites lancem cookies nos computadores de quem os visita, o Twitter vai permitir que, com apenas um clique (desmarcar a caixa "Personalizar o Twitter de acordo com os sites que eu visitei recentemente" nas definições de conta), se opte por não fornecer quaisquer informações sobre a navegação feita fora da rede de microblogging.