Governo garante construção naval em Viana mesmo depois do encerramento ENVC

Conselho de Ministros aprova transferência dos terrenos que ainda não estavam na esfera do Porto de Viana para a sua tutela.

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Parte do capital da empresa será aberta aos trabalhadores Paulo Ricca

Segundo a resolução do Conselho de Ministros “procede-se ainda à alteração do contrato de concessão celebrado com a ENVC, SA, e à autorização a esta entidade para a instituição na área afecta à concessão, de nova subconcessão, para a instalação de actividades industriais de construção e reparação de navios, de fabricação de componentes para aerogeradores eólicos e metalomecânica”.

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Segundo a resolução do Conselho de Ministros “procede-se ainda à alteração do contrato de concessão celebrado com a ENVC, SA, e à autorização a esta entidade para a instituição na área afecta à concessão, de nova subconcessão, para a instalação de actividades industriais de construção e reparação de navios, de fabricação de componentes para aerogeradores eólicos e metalomecânica”.

O diploma aprovado vem ao encontro das declarações proferidas o mês passado pelo presidente do conselho de administração dos ENVC aquando da chegada do primeiro carregamento de aço necessário ao arranque da construção dos dois navios asfalteiros encomendados pela Venezuela por 128 milhões de euros. Jorge Camões afirmou na altura que a intenção do Governo era manter a actividade de construção naval em Viana do Castelo.

“A ideia é que o sub concessionário mantenha e amplifique esta actividade naval. Vai ser prevista esta actividade. Não será por exemplo uma fábrica de cimento ou de tijolos”, sustentou.

A concessão dos terrenos dos ENVC pela Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC) vai continuar válida até 2031 e, envolve ainda, até ao mesmo período, cerca de 106.706 mil metros quadrados actualmente ocupados pelo multinacional alemã.