Bruxelas pede a Portugal para alterar regras de expansão dos parques eólicos

Comissão Europeia está preocupada com áreas protegidas.

Foto
O novo projecto Energy Bridge pretende transportar energia de origem eólica pelo fundo do mar irlandês Pedro Cunha

“A Comissão Europeia está preocupada pelo facto de os parques eólicos em Portugal estarem a ser autorizados a expandir-se antes do efeito da expansão ser devidamente avaliado”, afirma o executivo comunitário, em comunicado, acrescentando que “o problema” afecta também a rede Natura 2000 de zonas protegidas, com “consequências potencialmente graves para o ambiente e as espécies protegidas”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“A Comissão Europeia está preocupada pelo facto de os parques eólicos em Portugal estarem a ser autorizados a expandir-se antes do efeito da expansão ser devidamente avaliado”, afirma o executivo comunitário, em comunicado, acrescentando que “o problema” afecta também a rede Natura 2000 de zonas protegidas, com “consequências potencialmente graves para o ambiente e as espécies protegidas”.

No entender do executivo comunitário, Portugal está, actualmente, a infringir duas directivas (leis comunitárias), devido a uma nova lei que isenta os projectos de avaliações, se o trabalho for classificado como actualização abaixo de um determinado limiar.

Em causa estão a directiva Avaliação do Impacto Ambiental – ao abrigo da qual os projectos que possam ter um impacto significativo sobre o ambiente devem ser avaliados antes de serem oficialmente aprovados – e a directiva Habitats – de acordo com a qual os projectos localizados em zonas Natura 2000 também estão sujeitos a uma avaliação adequada.

Para levar Portugal a alterar a legislação, o executivo comunitário enviou um parecer fundamentado (segunda etapa dos processos por infracção da União Europeia).