Panasonic suprime 5000 postos de trabalho até 2016

Gigante da electrónica avança com novo plano de contenção depois de registar prejuízos de 5700 milhões de euros.

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A Panasonic enfrenta concorrência asiática no segmento de ecrãs Yuriko Nakao/Reuters

Dos quase 294 mil trabalhadores do grupo japonês, 111 mil estão nesta área, responsável, por exemplo, pela produção de baterias eléctricas ou semicondutores.

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Dos quase 294 mil trabalhadores do grupo japonês, 111 mil estão nesta área, responsável, por exemplo, pela produção de baterias eléctricas ou semicondutores.

O grupo sedeado em Osaka (oeste do Japão) não anunciou as unidades de produção abrangidas pela saída de trabalhadores, nem como a empresa pretende reduzir o número de funcionários (por exemplo, se implicará a conjugação de medidas como o fim de filiais, a não reposição de postos de trabalho de funcionários entram na reforma, a não renovação de contratos ou despedimentos).

Entre Março de 2011 e Março deste ano, a Panasonic já reduziu o número de efectivos em 20%, que passaram de 366.900 a 293.742 trabalhadores.

O plano foi anunciado depois de a empresa registar perdas líquidas de 754.000 milhões de ienes (5725 milhões de euros) no último exercício fiscal, terminado a 31 de Março.

Com a reestruturação, a Panasonic procura reduzir os prejuízos operacionais no segmento de ecrãs, com o objectivo de o tornar rentável a partir de 2015, ou seja, antes de terminar o plano de saída de trabalhadores.

O gigante da electrónica tem vindo a adoptar medidas de reestruturação desde a crise financeira de 2008/2009, mas continua confrontado com concorrência, nomeadamente de empresas asiáticas, em produtos como televisões e telemóveis. Dos ecrãs que produz, 80% destinam-se a outros dispositivos distintos das televisões, com um grande segmento no sector médico.