CIP preocupada com quebra de confiança no sistema financeiro

Parceiros sociais estão reunidos com o Governo para preparar Conselho Europeu.

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António Saraiva defende solidez do sistema financeiro. Daniel Rocha

“A confiança que deve existir no sistema bancário não é compatível com estas medidas. Não se pode decalcar o que foi no meu entendimento uma má medida que a União Europeia tomou em relação ao Chipre e agora alargá-la” a toda a Europa, disse António Saraiva, à entrada para uma reunião da concertação social de preparação para o Conselho Europeu de quarta-feira.

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“A confiança que deve existir no sistema bancário não é compatível com estas medidas. Não se pode decalcar o que foi no meu entendimento uma má medida que a União Europeia tomou em relação ao Chipre e agora alargá-la” a toda a Europa, disse António Saraiva, à entrada para uma reunião da concertação social de preparação para o Conselho Europeu de quarta-feira.

Para António Saraiva, é importante que os bancos estejam com solidez. “Quanto mais fuga a depósitos existir, mais frágil, menos confiança se tem no sistema financeiro e todos sabemos que o sistema financeiro vive da confiança dos depositantes. É sobretudo esta quebra de confiança que me preocupa”, disse o presidente da CIP.

Na semana passada, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantiu que os depósitos bancários abaixo dos 100 mil euros são “sagrados” e jamais sofrerão perdas nos processos de liquidação de bancos, e mesmo os superiores apenas serão afectados como “último recurso”.