Professores lembram que Constituição já se ensina nas escolas

Associação de Professores de História “muito surpreendida” com diploma que Parlamento discute nesta quinta-feira.

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A Constituição “faz parte dos temas estruturantes no 2.º e no 3.º ciclos” Daniel Rocha

“Surpreende-me quer a proposta, quer a posição de quem contesta o estudo do documento por este ter uma forte carga ideológica — naturalmente que tem, e é fundamental que os alunos a entendam, que conheçam os direitos básicos que estão consignados no texto constitucional e que façam o contraponto com o que se passava antes do 25 de Abril”, afirmou, em declarações ao PÚBLICO.

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“Surpreende-me quer a proposta, quer a posição de quem contesta o estudo do documento por este ter uma forte carga ideológica — naturalmente que tem, e é fundamental que os alunos a entendam, que conheçam os direitos básicos que estão consignados no texto constitucional e que façam o contraponto com o que se passava antes do 25 de Abril”, afirmou, em declarações ao PÚBLICO.

Raquel Henriques reagia, assim, às declarações do presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, que a propósito da proposta do Partido Ecologista “Os Verdes” defendeu que “os alunos não devem ter nenhum contacto com esta Constituição” e que, por isso, o projecto de resolução deverá ser rejeitado.

Raquel Henriques sugeriu que o Parlamento analisasse uma reivindicação da APH, que tem sublinhado "a necessidade de criar uma disciplina de História para todos os alunos do secundário onde aquele e outros temas sejam ensinados". “Aí, sim, há uma falha”, frisou, referindo-se ao facto de a disciplina de História não fazer parte do currículo do curso de Ciências e Tecnologias.

No programa de História para os alunos de Línguas e Humanidades e de Ciências Socioeconómicas, a Constituição da República de 1976 e a revisão de 1982 "voltam a ter bastante destaque", referiu.