Associação pede comparticipação dos remédios para quem quer deixar de fumar

Fundação Portuguesa do Pulmão diz que cerca de 800 mil pessoas sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.

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O tabagismo é uma doença, lembra o responsável da fundação PÚBLICO

Segundo Teles de Araújo, presidente da fundação, a DPOC atinge 14% da população portuguesa com mais de 45 anos, sendo uma das doenças respiratórias mais comuns e, tal como as restantes, tem no tabagismo o principal factor de risco.

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Segundo Teles de Araújo, presidente da fundação, a DPOC atinge 14% da população portuguesa com mais de 45 anos, sendo uma das doenças respiratórias mais comuns e, tal como as restantes, tem no tabagismo o principal factor de risco.

“A mortalidade é relativamente elevada, aparecendo nos grupos etários mais elevados. Mas, além da mortalidade, é uma doença fortemente incapacitante. Mais grave é passar anos e anos de vida sem qualidade e com forte incapacitação”, comentou à Lusa o médico, a propósito dos rastreios e acções de sensibilização que começam segunda-feira na Assembleia da República.

Com o tabagismo a ser o principal factor de risco das doenças respiratórias, a fundação defende que o Estado devia comparticipar os medicamentos para deixar de fumar, uma possibilidade que o Ministério da Saúde já pediu para ser estudada.

“Temos lutado para que aconteça essa comparticipação, uma vez que até a Organização Mundial da Saúde já reconheceu o tabagismo como uma doença. Não vemos razão para que não haja comparticipação dos medicamentos de desabituação tabágica. Isso vai, a prazo, ter vantagens até económicas, além das que terá na vida dos doentes”, argumentou Teles de Araújo.

Entre segunda e quarta-feira, a fundação vai promover rastreios e acções de sensibilização para as doenças respiratórias na Assembleia da República, que incluem inquéritos respiratórios, avaliação do grau de dependência do tabaco, exames e aconselhamento médico.