Diário de Notícias da Madeira despede um terço dos trabalhadores

Metade dos 28 dispensados são jornalistas.

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A administração do Diário de Noticias, em comunicado divulgado na sua edição online, esclarece que se vê obrigada a recorrer a esta redução “de modo a assegurar a sua viabilização e a garantir a publicação” do centenário e mais importante matutino das regiões autónomas insulares. Esclarece ainda que a empresa “vem-se encontrando, por conhecidas razões, em situação económico-financeira deficitária, que não foi superada apesar dos esforços dos seus trabalhadores, da redução de custos e das medidas de saneamento financeiro entretanto implementadas”.

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A administração do Diário de Noticias, em comunicado divulgado na sua edição online, esclarece que se vê obrigada a recorrer a esta redução “de modo a assegurar a sua viabilização e a garantir a publicação” do centenário e mais importante matutino das regiões autónomas insulares. Esclarece ainda que a empresa “vem-se encontrando, por conhecidas razões, em situação económico-financeira deficitária, que não foi superada apesar dos esforços dos seus trabalhadores, da redução de custos e das medidas de saneamento financeiro entretanto implementadas”.

Há precisamente um ano, a EDN anunciou uma redução em 10% do tempo de trabalho com a correspondente redução das retribuições de todos os seus trabalhadores "na expectativa de que, superada ou minimizada a actual crise, seja retomada a normalidade laboral".

Além de justificar a medida com “a crise económica mundial, nacional e regional que atinge fortemente as empresas e as famílias” – situação que em Portugal e no arquipélago da Madeira foi “fortemente acentuada pela necessidade de recurso e implementação de medidas severas de austeridade” –, a administração do Diário de Noticias alegou ainda que “tais dificuldades encontram-se profundamente agravadas pela conhecida concorrência desleal que lhe continua a ser movida pela Empresa Jornal da Madeira, Lda., sendo que o jornal por ela editado é financiado por recursos públicos que, naturalmente, constituem, conjuntamente com aquelas medidas de austeridade, uma grave perturbação à actividade da EDN para e na edição do seu diário”.

O capital social da EDN é detido pela Blandy SGPS, Lda (60%)  e pela Controlinveste Media SGPS, SA (40%), de Joaquim Oliveira.