Saíram 2600 trabalhadores das transportadoras públicas desde 2010

Até Março deste ano, as empresas de transportes do Estado reduziram os quadros de pessoal em 16%.

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A redução dos quadros de pessoal foi determinada pelo Governo Rui Gaudêncio

Sérgio Monteiro adiantou que estas saídas representaram um corte de “16% na força de trabalho”. Até Junho de 2012, tinham deixado as empresas públicas de transportes 2206 funcionários, de acordo com dados divulgados na altura pelo Governo. Isto significa que, nos últimos nove meses, outras 400 pessoas saíram das transportadoras do Estado – grupo que inclui a Metro do Porto, Carris, CP, Refer, Metro de Lisboa, Transtejo e STCP.

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Sérgio Monteiro adiantou que estas saídas representaram um corte de “16% na força de trabalho”. Até Junho de 2012, tinham deixado as empresas públicas de transportes 2206 funcionários, de acordo com dados divulgados na altura pelo Governo. Isto significa que, nos últimos nove meses, outras 400 pessoas saíram das transportadoras do Estado – grupo que inclui a Metro do Porto, Carris, CP, Refer, Metro de Lisboa, Transtejo e STCP.

O emagrecimento dos quadros de pessoal foi imposto pelo actual Governo, no âmbito de uma reestruturação profunda do sector, exigida pelas autoridades externas. Mas o esforço não vai ficar por aqui, já que o Orçamento do Estado para este ano obriga a uma redução de 20% no número de trabalhadores, face a 2010, quando a fasquia está agora em 16%.

A reestruturação das transportadoras públicas passou ainda por aumentos tarifários, que rondaram os 20%, e cortes em custos, permitindo ao sector diminuir os prejuízos operacionais, embora os resultados líquidos continuem a piorar, assim como o endividamento.

“No final do ano de 2012, o ebitda [resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] foi pela primeira vez positivo nas empresas de transportes”, disse Sérgio Monteiro, na comissão de Economia, acrescentando que esta estratégia permitiu alcançar poupanças de 260 milhões de euros.

O secretário de Estado dos Transportes aproveitou para especificar que, no caso dos salários dos gestores destas transportadoras, foi feito um corte de seis milhões, muito à custa das fusões (como aconteceu com a Metro de Lisboa e a Carris) e da fixação de limites às remunerações, com a entrada em vigor do novo Estatuto do Gestor Público, em Abril de 2012.