Arcebispo de Braga critica classe política “incompetente” e monopólio dos bancos

O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, manifestou-se preocupado com os suicídios, depressões e frigoríficos vazios resultantes da crise e criticou a “incompetência” da classe política e o monopólio dos bancos.

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Lei “ofende a dignidade humana das crianças", diz arcebispo de Braga Daniel Rocha/Arquivo

Por que é que nós consentimos que tantos seres humanos continuem a ser vítimas da miséria social, da violência doméstica, da escravatura laboral, do abandono familiar, do legalismo da morte, da corrupção judicial, das mortes inocentes na estrada, das mentiras dos astrólogos, do desemprego, de uma classe política incompetente e do monopólio dos bancos?”, questionou o prelado.

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Por que é que nós consentimos que tantos seres humanos continuem a ser vítimas da miséria social, da violência doméstica, da escravatura laboral, do abandono familiar, do legalismo da morte, da corrupção judicial, das mortes inocentes na estrada, das mentiras dos astrólogos, do desemprego, de uma classe política incompetente e do monopólio dos bancos?”, questionou o prelado.

Jorge Ortiga manifestou-se preocupado com o número de suicídios “que aumentam diariamente” em Espanha, por causa da penhora de casas, e advertiu que, “em breve, este drama poderá chegar” também a Portugal.

Uma preocupação extensiva às depressões dos jovens portugueses, “que se fecham nos seus quartos por causa do desemprego”, e às famílias “cujo frigorífico se vai esvaziando”.

“Os políticos, por seu turno, refugiam-se em questões sem sentido do verdadeiro bem comum e o sistema bancário, depois de ter imposto a tirania de consumos desnecessários para atingir metas lucrativas, hoje condiciona o crédito justo às jovens famílias portuguesas, com taxas abusivas que dificultam o acesso a uma qualidade de vida com dignidade”, criticou.

Para Jorge Ortiga, a solução está em Jesus, “o autêntico libertador do povo, porque concede crédito (atenção) aos mais pobres, defende o ideal da fraternidade”.