Há 16,4 milhões de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros

Apenas 1,2% dos aforradores em Portugal não estão abrangidos pela garantia de depósitos.

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Deco explica que muitas famílias só pedem ajuda quando já não têm recuperação possível por ausência total de rendimentos Manuel Roberto

O plano inicial de resgate financeiro a Chipre, que previa a aplicação de uma sobretaxa a todos os depósitos nos bancos cipriotas, quebrava a regra europeia de assegurar o reembolso dos saldos de cada depositante até ao limite de 100 mil euros, abrindo um precedente na zona euro que levou analistas a temerem pela confiança dos cidadãos no sistema financeiro.

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O plano inicial de resgate financeiro a Chipre, que previa a aplicação de uma sobretaxa a todos os depósitos nos bancos cipriotas, quebrava a regra europeia de assegurar o reembolso dos saldos de cada depositante até ao limite de 100 mil euros, abrindo um precedente na zona euro que levou analistas a temerem pela confiança dos cidadãos no sistema financeiro.

Em Portugal, 1,2% dos depositantes não são abrangidos por este sistema de garantia, mas a soma destes depósitos representa 41,5% do montante total depositado.

Segundo o Diário Económico, a fatia de depositantes que fica de fora da garantia correspondia em 2011 a 197 mil depositantes, e cada um tinha em média 332,5 mil euros depositados.

Com montantes até aos dez mil euros havia 83,2% de depositantes; 9,6% tinham entre dez mil e 25 mil euros; 4,1% tinham depositado entre 25 mil e 50 mil euros, enquanto no patamar seguinte (entre os 50 mil e os 100 mil) estavam 1,9% dos depositantes.