Cavaco critica "jogadas político-partidárias que não acrescentam um cêntimo" à economia

Presidente da República deixou duras críticas no discurso que fez no final de uma visita a uma empresa de congelados, em Loures.

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Cavaco Silva também deixou um recado à comunicação social, dirigido às televisões Pedro Cunha

Cavaco Silva deixou estas duras críticas no discurso que fez no final de uma visita à empresa de congelados Gelpeixe, em Loures. O Presidente não foi mais específico e recusou fazer declarações aos jornalistas, mas esta posição surge no mesmo dia em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates dá uma entrevista à RTP, na véspera de o PS entregar a moção de censura no Parlamento, numa altura em que algumas figuras de referência do CDS falam na necessidade de remodelar o Governo e ainda quando se prevê que o Tribunal Constitucional esteja prestes a deliberar sobre o Orçamento do Estado.

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Cavaco Silva deixou estas duras críticas no discurso que fez no final de uma visita à empresa de congelados Gelpeixe, em Loures. O Presidente não foi mais específico e recusou fazer declarações aos jornalistas, mas esta posição surge no mesmo dia em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates dá uma entrevista à RTP, na véspera de o PS entregar a moção de censura no Parlamento, numa altura em que algumas figuras de referência do CDS falam na necessidade de remodelar o Governo e ainda quando se prevê que o Tribunal Constitucional esteja prestes a deliberar sobre o Orçamento do Estado.

O chefe de Estado fez depois uma espécie de justificação do seu próprio papel. "Neste tempo de exigência – e que vai continuar – um Presidente da República deve ter uma estratégia de intervenção meticulosamente pensada e meticulosamente executada para defender os interesses nacionais." Mas não especificou que estratégia é a sua.

Cavaco Silva também deixou um recado à comunicação social, dirigido às televisões. "Se a nossa televisão dedicasse mais espaço a revelar sucessos empresariais, os esforços de jovens empresários que com êxito enfrentam a concorrência externa, Portugal estaria melhor."

O Presidente salientou também a necessidade de os "dirigentes terem noção" de que é preciso, na sociedade portuguesa, "abrir janelas de esperança para os que estão desempregados".