Avelino Ferreira Torres é candidato independente à Câmara de Marco de Canaveses

Antigo presidente da Câmara diz que o seu nome vale mais nas eleições do que qualquer partido.

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Ferreira Torres foi derrotado nas eleições para a Câmara de Amarante em 2005 André Amaral/Arquivo

“Como independente, tenho mais condições de ganhar as eleições do que se fosse pelo CDS”, afirmou Torres, garantindo ter sondagens que comprovam essa situação.

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“Como independente, tenho mais condições de ganhar as eleições do que se fosse pelo CDS”, afirmou Torres, garantindo ter sondagens que comprovam essa situação.

Para o candidato, a sua personalidade e o seu nome valem mais eleitoralmente do que qualquer partido no concelho de Marco de Canaveses.

“Os partidos do arco da governação, com o PS incluído, estão muito desgastados e a perder peso na sociedade. O que eu quero é o apoio das pessoas, não me interessa os partidos”, considera o antigo presidente da câmara.

“Pensei muito antes de tomar esta decisão. Mas acho que é a decisão certa”, observou ainda.

No final de Janeiro, a candidatura pelo CDS tinha sido aprovada, por unanimidade, pela concelhia.

Questionado sobre se a mudança agora anunciada terá a ver com alguma resistência dos órgãos distrital ou nacional do CDS à sua candidatura, Torres negou a situação. À Lusa, revelou ter em seu poder um fax da distrital do Porto, no qual se manifesta apoio à sua candidatura em listas do CDS.

Torres também disse não acreditar que os órgãos do partido, face ao anúncio da candidatura independente, exerçam “qualquer tipo de represália” sobre si ou sobre os demais dirigentes concelhios que o venham a apoiar.

Avelino Torres disse à Lusa que conta com o apoio de toda a concelhia democrata-cristã, cujos membros, por unanimidade, aprovaram neste domingo apoiar a candidatura independente.

A decisão daquele órgão significa que “o partido não apresentará listas nas autárquicas deste ano no Marco de Canaveses”, esclarece o candidato.

Avelino Ferreira Torres deixou a presidência da Câmara em 2005, para se candidatar, como independente, ao vizinho município de Amarante, de onde é natural, acabando por perder as eleições daquele ano, ganhas pelo PS.

Em 2009, regressou ao Marco de Canaveses com uma candidatura independente, designada “Marco Confiante com Ferreira Torres”, acabando por conseguir eleger dois vereadores, sendo actualmente a maior força da oposição.