Obras da nova escola básica da Lousã já vão no quarto empreiteiro, por causa da crise

Novo prazo para a conclusão desta obra é de oito meses. Anterior empreiteiro largou projecto em Julho do ano passado.

Adjudicada pela Câmara Municipal da Lousã à empresa CIP - Construções, SA, pelo valor de 1.994.906,63 euros, mais IVA, a empreitada tem um prazo de execução de oito meses, segundo dados da assessoria de imprensa da autarquia. Na última reunião do executivo, na segunda-feira, o presidente da Câmara, o socialista Luís Antunes, já tinha revelado que o auto de consignação foi assinado no dia 27 de fevereiro, três semanas depois da obtenção do visto do Tribunal de Contas.

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Adjudicada pela Câmara Municipal da Lousã à empresa CIP - Construções, SA, pelo valor de 1.994.906,63 euros, mais IVA, a empreitada tem um prazo de execução de oito meses, segundo dados da assessoria de imprensa da autarquia. Na última reunião do executivo, na segunda-feira, o presidente da Câmara, o socialista Luís Antunes, já tinha revelado que o auto de consignação foi assinado no dia 27 de fevereiro, três semanas depois da obtenção do visto do Tribunal de Contas.

Entretanto, a CIP -- Construções, a quarta empresa a assumir a construção da EB 123, iniciada em 2009, já começou “alguns trabalhos” na nova escola. Iniciada há quatro anos, a obra foi suspensa em Julho passado devido a “dificuldades financeiras” da Alberto Vasco, a terceira empresa que assumiu a empreitada após falência das anteriores. Luís Antunes disse na ocasião à Lusa que a Alberto Vasco foi vendida e pediu a insolvência em tribunal, tendo abandonado os trabalhos.

Nessa altura, Luís Antunes lamentou ter sido informado da venda da Alberto Vasco a outra entidade “já quando o acto estava consumado”. Já com novos donos, a construtora, que tinha sede na Lousã e empregava meia centena de pessoas, “despediu toda a gente e esvaziou os escritórios”, indicou então Luís Antunes. 

Em abril de 2011, a Alberto Vasco já tinha sucedido à Pasolis -- Empreitadas e Obras Públicas do Lis, que avançou igualmente com um processo de insolvência três meses após ter assumido a conclusão da obra. A Pasolis, por seu turno, tinha substituído a José França, que ganhou o concurso público e interrompeu pela primeira vez a empreitada, no início de 2010.

Situada na freguesia de Vilarinho, arredores da Lousã, a nova infraestrutura representa um investimento público na ordem dos quatro milhões de euros. A primeira dona da obra era a Direção Regional de Educação do Centro, mas a autarquia, então presidida por Fernando Carvalho, que em finais de 2011 abdicou do cargo, assumiu essa responsabilidade após falência da primeira empresa.