Banco Lloyds reduz prejuízos para 1560 milhões de euros

O presidente executivo do banco, Horta Osório, vai receber um prémio de 1,7 milhões de euros, mas só em 2018, em função do desempenho das acções do banco.

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Horta Osório aposta num modelo de banco “mais pequeno” Leon Neal/AFP

Num comunicado, o banco, que foi parcialmente nacionalizado em 2008, adiantou que os prejuízos se deveram em grande parte às provisões que teve de efectuar para compensar os clientes aos quais vendeu de forma inadequada seguros de protecção e contra a volatilidade das taxas de juro.

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Num comunicado, o banco, que foi parcialmente nacionalizado em 2008, adiantou que os prejuízos se deveram em grande parte às provisões que teve de efectuar para compensar os clientes aos quais vendeu de forma inadequada seguros de protecção e contra a volatilidade das taxas de juro.

Para fazer frente a estas indemnizações, a instituição financeira, em que o Estado britânico detém 39%, disponibilizou 3575 milhões de libras (4150 milhões de euros) o ano passado. No total, o custo das indemnizações alcança já os 6800 milhões de libras (7900 milhões de euros). Além disso, o Lloyds está à espera de uma decisão das autoridades bancárias britânicas para saber quanto terá de pagar de multa pela alegada manipulação das taxas de juro interbancárias Libor, aliás, no seguimento de outras multas aplicadas ao Barclays e ao RBS.

As perdas brutas do banco foram de cerca de 661 milhões de euros em 2012, no qual estão incluídos os ganhos do Lloyds de 3700 milhões de euros na venda de obrigações do Estado.

No comunicado ao mercado, António Horta Osório assegurou que se está a fazer “um destacado progresso” na aplicação do ambicioso plano de reestruturação do grupo, a sua principal missão desde que assumiu o cargo. A intenção é sanear o banco para que o Estado possa vender a sua participação a um preço competitivo.

O plano de reestruturação inclui o despedimento de 15.000 trabalhadores e a venda de mais de 600 sucursais ao Cooperative Bank, transacção actualmente em curso.

O anterior gestor do Banco Santander Totta mostrou-se convencido que o banco poderá voltar aos lucros e adiantou que vai continuar a investir “num modelo de um banco mais pequeno, centrado no Reino Unido, mais simples, de menos risco e centrado na atenção ao cliente”.

Horta Osório vai receber um prémio de desempenho de 1,7 milhões de euros, mas será adiado até 2018 e está dependente do desempenho das acções da instituição. Os funcionários vão ter um bónus total de 365 milhões de libras (422,9 milhões de euros), o que dará a cada empregado cerca de 3900 libras (4519 euros), segundo dados da AFP.