Chineses da State Grid investem 12 milhões de euros em centro de investigação da REN

O centro terá a colaboração de universidades, indústria e instituições de investigação internacionais.

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Rui Cartaxo, presidente executivo da REN Dário Cruz

Até 2017, a maior accionista da REN suportará os projectos de investigação que serão desenvolvidos no centro. Rui Cartaxo, presidente executivo da empresa que assegura o transporte de energia no país, explicou que a nova estrutura irá apostar em quatro áreas: simulação de sistemas de energia, gestão de integração em redes de fontes de energia renovável, tecnologias para redes inteligentes e economia e mercados de energia.

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Até 2017, a maior accionista da REN suportará os projectos de investigação que serão desenvolvidos no centro. Rui Cartaxo, presidente executivo da empresa que assegura o transporte de energia no país, explicou que a nova estrutura irá apostar em quatro áreas: simulação de sistemas de energia, gestão de integração em redes de fontes de energia renovável, tecnologias para redes inteligentes e economia e mercados de energia.

"Este centro é uma das iniciativas mais importantes que acompanham a entrada da State Grid na REN, será a parceria com maior valor acrescentado", adiantou Rui Cartaxo. Irá contar com a colaboração de universidades, indústria e centros de I&D nacionais e estrangeiros. "Temos já uma pequena equipa a funcionar e depois deverão vir de fora umas duas dezenas de investigadores que estarão envolvidos nos projectos", disse este responsável, concretizando que já há contactos com as principais escolas de Engenharia de Lisboa e Porto.

Os projectos a desenvolver serão, sobretudo, para responder a necessidades da empresa e do seu projecto de internacionalização para África e Brasil. "O centro deve contribuir para resolver problemas que a REN enfrenta, como, por exemplo, a integração da energia eólica na rede sem perdas de segurança", explicou Rui Cartaxo. Assim como "melhorar os serviços a prestar fora do país, pois queremos exportar competências para formar quadros para os projectos internacionais", acrescentou.

Sem adiantar onde será ao certo a localização do centro, o presidente da empresa disse que este ficará na área metropolitana de Lisboa, embora, numa primeira fase, e até estarem concluídas as novas instalações, fique a funcionar na sede da REN, na capital.

O investimento da State Grid será apenas para projectos, não para a construção de instalações. Após 2017, espera-se que o centro seja auto-sustentável, quer vendendo serviços quer candidatando-se a projectos co-financiados por entidades externas, como a União Europeia, por exemplo.

Na cerimónia de assinatura do acordo, que decorreu no Centro Cultural de Belém, na presença do ministro da Economia, o embaixador da China elogiou as relações entre os dois países, que se estão "desenvolver de forma muito rápida". E, além da energia – onde já há forte presença chinesa, tanto na REN como na EDP –,  anunciou que a agricultura e o turismo são outras áreas onde há interesse do seu país em investir em Portugal.

Notícia alterada às 15h22. Texto da Lusa substituído por notícia própria.