Lagoa e Lagos foram a mesma cidade para a selecção de Angola na Volta ao Algarve

A equipa africana cometeu um erro na partida para a 2.ª etapa da prova e teve de acelerar para chegar dentro do "controlo".

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O ciclismo português está de luto Foto: Enric Vives-Rubio

Às 9h em ponto, Carlos Araújo, o antigo ciclista da Sicasal que agora é seleccionador angolano, saiu do hotel nas Açoteias, Albufeira, onde a equipa está instalada, e rumou à A22 para se dirigir para a partida. Mas o português é traiçoeiro e os angolanos foram parar um pouco mais à frente. “Enganámo-nos no caminho, fomos ter a Lagos”, contou à Lusa o seleccionador, enquanto ao telefone gritava com um outro elemento do staff: “Diz aos miúdos para vir rápido!”.

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Às 9h em ponto, Carlos Araújo, o antigo ciclista da Sicasal que agora é seleccionador angolano, saiu do hotel nas Açoteias, Albufeira, onde a equipa está instalada, e rumou à A22 para se dirigir para a partida. Mas o português é traiçoeiro e os angolanos foram parar um pouco mais à frente. “Enganámo-nos no caminho, fomos ter a Lagos”, contou à Lusa o seleccionador, enquanto ao telefone gritava com um outro elemento do staff: “Diz aos miúdos para vir rápido!”.

Detectado o erro, a seleção angolana teve de viajar em “contrar-relógio” para chegar dentro do “controlo” a Lagoa, quando nos altifalantes o speaker da “Algarvia” repetia insistentemente o apelo para que os quatro “resistentes” fossem assinar o livro do ponto.

Faltavam cinco minutos para o arranque da segunda etapa quando Igor Silva, o campeão nacional, apareceu a correr, ultrapassando as barreiras para cumprir a obrigação. Os outros três companheiros só surgiram pouco depois, pressionados por Carlos Araújo, que, por sua vez, ouvia os berros da organização: “Têm de assinar o livro de ponto rápido!”.

Apesar da atribulada presença em Portugal, que inclui a recepção de bicicletas sofisticadas e a descoberta de elementos mecânicos novos, a desistência de quatro ciclistas na primeira etapa e a “sedução” do público com um permanente hino do Benfica de Luanda, Carlos Araújo não podia estar mais satisfeito.

“Estou muito feliz por estar aqui”, garantiu à Lusa, antes de arrancar para aquela que será apenas a segunda etapa da vida dos seus quatro ciclistas em território europeu.