Escritório de contabilidade alvo de buscas por documentação falsa para imigrantes

Operação do SEF encontrou documentos e contratos de trabalho falsos usados para legalizar cidadãos estrangeiros. Uma pessoa foi constituída arguida.

Foto
Na sequência das buscas uma mulher foi constituída arguida Paulo Pimenta

 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

 

O SEF avança em comunicado divulgado nesta quinta-feira que na origem da investigação esteve a “constatação de que um elevado número de cidadãos estrangeiros estavam a tentar regularizar a sua situação no país recorrendo a documentação de teor falso, designadamente contratos de trabalho".

Para a emissão dos contratos falsos foram utilizadas empresas, “na sua maioria criadas unicamente para este efeito”, acrescenta o SEF. Os documentos usados eram emitidos de forma fraudulenta pelo escritório de contabilidade alvo das buscas.

Na operação, que teve por objectivo recolher provas dos “crimes de auxílio à imigração ilegal, fraude fiscal e falsificação ou contrafacção de documentos”, foram apreendidos documentos relacionados com a legalização fraudulenta de cidadãos estrangeiros, material informático e dezenas de carimbos com timbre de diferentes empresas. A proprietária da empresa, uma mulher de nacionalidade portuguesa, foi constituída arguida.

“A troco de elevadas quantias em dinheiro”, sublinha o SEF, o escritório dedicava-se à prática de procuradoria ilícita e à venda da documentação necessária para que os cidadãos estrangeiros pudessem regularizar a sua situação em Portugal.