Rebelo de Sousa aconselha Governo a “ir explicando” sacrifícios

O comentador afirma que as pessoas ficaram preocupadas com os números sobre a economia divulgados nesta semana.

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As pessoas "estão a aguentar firme num ano difícil" Pedro Cunha/arquivo

“O ir explicando é formativo. As pessoas estão a fazer um grande esforço, e muito bem, no sentido de estarem a ultrapassar aquilo que muito boa gente cá dentro e lá fora esperaria. Estão a aguentar firme num ano difícil. É importante perceber-se o que se está a passar”, disse o conselheiro de Estado.

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“O ir explicando é formativo. As pessoas estão a fazer um grande esforço, e muito bem, no sentido de estarem a ultrapassar aquilo que muito boa gente cá dentro e lá fora esperaria. Estão a aguentar firme num ano difícil. É importante perceber-se o que se está a passar”, disse o conselheiro de Estado.

À margem da cerimónia de lançamento de uma obra do escritor Vasco Graça Moura, no Grémio Literário, em Lisboa, Rebelo de Sousa desejou que o Executivo da coligação PSD/CDS-PP aproveite “a próxima ocasião, no Parlamento”, para “dar um esclarecimento” e “serenar um bocadinho os ânimos”.

“Há duas reacções possíveis: uma é dizer que isto, no segundo semestre, vai mudar, outra é tentar explicar um bocadinho porque é que isto está a acontecer na Europa, porque é que tem reflexos em Portugal, no crescimento da economia, no aumento do desemprego e na execução do orçamento e o que se prevê que venha a mudar na Europa, entre fim de Março e fim de Junho, que dê um ânimo acrescido aos portugueses”, continuou o antigo líder do PSD.

O jurista e professor universitário perspectivou que “as pessoas, ouvindo a oposição e perante os números, ficaram um bocadinho preocupadas”. O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que a economia portuguesa recuou 3,2% em 2012 em vez dos 3% previstos, um dia depois de também ter divulgado uma taxa de desemprego de 16,9% no quarto trimestre, o que significa cerca de 920 mil pessoas sem emprego.