Trabalhadores dos Estaleiros de Viana voltam às manifestações dia 20

Trabalhadores estão preocupados com a possibilidade de encerramento da empresa e apelam à intervenção do primeiro-ministro.

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O processo de reprivatização dos ENVC está em curso há um ano PAULO RICCA

António Costa adiantou que os trabalhadores estão preocupados com a possibilidade de encerramento da empresa face às dúvidas levantadas por Bruxelas aos apoios estatais de 180 milhões de euros, atribuídos aos ENVC entre 2006 e 2010. Sem garantias sobre o futuro da empresa, cujo processo de reprivatização está suspenso desde Dezembro devido à investigação iniciada pela Comissão Europeia, os trabalhadores decidiram regressar aos protestos na rua para lutar “pela manutenção dos postos de trabalho e pela viabilização dos estaleiros” da empresa.

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António Costa adiantou que os trabalhadores estão preocupados com a possibilidade de encerramento da empresa face às dúvidas levantadas por Bruxelas aos apoios estatais de 180 milhões de euros, atribuídos aos ENVC entre 2006 e 2010. Sem garantias sobre o futuro da empresa, cujo processo de reprivatização está suspenso desde Dezembro devido à investigação iniciada pela Comissão Europeia, os trabalhadores decidiram regressar aos protestos na rua para lutar “pela manutenção dos postos de trabalho e pela viabilização dos estaleiros” da empresa.

“Hoje fala-se no encerramento da nossa empresa. Nós não queremos acreditar que durante todo este tempo estivéssemos a ser enganados pelo senhor ministro e pelo senhor primeiro-ministro”, sustentou António Costa.

O porta-voz dos trabalhadores reafirmou publicamente o apelo à intervenção do primeiro-ministro neste processo.

“Venha a Viana do Castelo visitar os ENVC, porque tem de ter a noção exacta do que se passa e do ponto a que a empresa está a chegar”, sustentou António Costa, dirigindo-se ao chefe do Governo.

Para o mesmo dia da manifestação dos trabalhadores está marcada, na Assembleia da República, a audição de Aguiar-Branco na Comissão Parlamentar de Defesa. Estava inicialmente agendada para dia 26, ordinária e de âmbito geral, mas foi antecipada devido à urgência requerida pelo PCP no pedido de audição, foi aprovado por unanimidade na quarta-feira passada. A audição será dividida em duas partes: uma exclusivamente sobre os ENVC e outra de carácter geral.

Os ENVC estão em processo de reprivatização há um ano, mas a venda da empresa ficou suspensa no final de Dezembro devido à investigação lançada pela Comissão Europeia aos apoios estatais de 180 milhões de euros, atribuídos aos ENVC entre 2006 e 2010. Dúvidas que já levaram o grupo brasileiro Rio Nave a desistir do negócio. Os russos da RSI Trading são agora os únicos interessados na compra de 95% do capital social da empresa.