Dívida da Estradas de Portugal agravou-se em 320 milhões

António Ramalho diz que a dívida, apesar do aumento, ficou abaixo do que estava previsto.

Foto
Desde o início deste ano, os acidentes fizeram 1063 feridos graves Pedro Cunha

António Ramalho confirmou, em Bragança, à margem de um conselho de administração descentralizado, que “a tendência da dívida, em 2012, foi de aumento, embora cem milhões a menos do que estava previsto no orçamento, o que significa que essa foi a boa notícia”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

António Ramalho confirmou, em Bragança, à margem de um conselho de administração descentralizado, que “a tendência da dívida, em 2012, foi de aumento, embora cem milhões a menos do que estava previsto no orçamento, o que significa que essa foi a boa notícia”.

Segundo explicou, as previsões apontavam para que o défice da Estradas de Portugal, do ponto de vista da dívida, fosse mais de 400 milhões de euros, e deve ter andado à volta dos 320 milhões”, ou seja, “10% de aumento”.

“Significa basicamente que tivemos um controlo de custos e uma eficiência no modelo que foram suficientes para não crescer tanto quanto aquilo que estava previsto”, declarou.

Apesar da tendência, o responsável pela empresa pública concordou com as declarações recentes do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, que disse que “a empresa não é sustentável”.

“Todos nós percebemos que não é sustentável se todos os anos tiver mais um bilião de dívida. É impossível que os portugueses aceitem pagar impostos para que a Estradas de Portugal tenha mil milhões de dívida por ano. Não pode”, afirmou.

O problema, segundo disse, é “o endividamento sucessivo” do modelo de financiamento das estradas, nomeadamente das parcerias público-privadas (PPP), que “pressupõe 14 mil milhões de dívida nos próximos dez anos”, um valor “insustentável” para o responsável da empresa.

Para “corrigir” a situação, está a ser estudado um novo modelo de financiamento das PPP sobre o qual o presidente da EP não adiantou mais pormenores nem datas relativamente à conclusão dos estudos.