Rasmussen admite doping durante 12 anos

O dinamarquês que chegou a liderar o Tour é mais um dos ciclistas a admitir o uso sistemático de substâncias proibidas.

Foto
Rasmussen na chegada ao Col d'Aubisque em 2007 Eric Gaillard/Reuters

Em conferência de imprensa, Rasmussen, de 38 anos, disse que contou às autoridades dinamarquesas e internacionais todos os detalhes da sua experiência com o doping e que aceitou uma suspensão de dois anos, mas recorreu a um acordo de confidencialidade para agora não dar mais detalhes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em conferência de imprensa, Rasmussen, de 38 anos, disse que contou às autoridades dinamarquesas e internacionais todos os detalhes da sua experiência com o doping e que aceitou uma suspensão de dois anos, mas recorreu a um acordo de confidencialidade para agora não dar mais detalhes.

O ciclista dinamarquês, que até hoje sempre negou ter recorrido ao doping, foi suspenso por dois anos pela União Ciclista Internacional (UCI) por mentir sobre o seu paradeiro antes da edição de 2007 da Volta à França em bicicleta e assim escapar a controlos inopinados.

No regresso à competição, em 2009, Rasmussen venceu o prólogo da Volta a Chihuahua, no México.

Em 26 de Julho de 2007, uma etapa da “Grande Boucle” iniciou-se pela primeira vez na história sem camisola amarela, na sequência da retirada de Rasmussen, a pedido da Rabobank, quando, a quatro tiradas do final, liderava a corrida com 3m10s de vantagem para o espanhol Alberto Contador e depois de ter vencido duas etapas de alta montanha nessa edição da corrida, nos Alpes e nos Pirenéus.

Recentemente, em Dezembro de 2012, Rasmussen exigiu 5,8 milhões de euros [ME] à equipa Rabobank por alegados danos morais e prejuízos de imagem na sua carreira, alegando, num tribunal de Arnhem, na Holanda, que os responsáveis da equipa tinham tido conhecimento de que o atleta estaria a preparar a participação no Tour em Itália e não no México, como estava anteriormente previsto.

Em Outubro de 2012, o banco holandês Rabobank anunciou o fim do acordo de patrocínio de 17 anos à equipa masculina de ciclismo, porque a confiança na modalidade tinha desaparecido no rescaldo da condenação da Agência Antidopagem Norte-Americana no caso do ciclista Lance Armstrong.

Entretanto, vários ciclistas admitiram ter recorrido a substâncias dopantes quando alinharam na Rabobank, entre os quais o holandês Thomas Dekker e o norte-americano Levi Leipheimer.