Apple ainda não se livrou do trabalho infantil nas suas fábricas

Empresa chinesa empregava crianças com menos de 16 anos.

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Fábrica da Apple em Taiwan Bobby Yip/Reuters

Só no ano passado foram detectados 106 casos de trabalho infantil na cadeia de fornecimento da Apple, diz o mesmo relatório, citado pelo jornal Guardian.

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Só no ano passado foram detectados 106 casos de trabalho infantil na cadeia de fornecimento da Apple, diz o mesmo relatório, citado pelo jornal Guardian.

Este relatório surge após suicídios de funcionários na fábrica da Foxconn, fornecedora da Apple em Taiwan, onde são montados aparelhos como o iPad e o iPhone.

A auditoria anual da Apple – que analisou 400 fornecedores – detectou crianças em 11 fábricas que participam na montagem de produtos da empresa norte-americana. Algumas delas foram recrutadas com recurso a documentos falsos.

O relatório refere ainda outras práticas ilegais, como testes de gravidez obrigatórios ou trabalhadores verem os seus salários confiscados para pagar às empresas de recrutamento.

A Apple quebrou o contrato com a empresa chinesa que empregava as 74 crianças.

O director-executuvo Tim Cook tinha qualificado o trabalho infantil como algo “detestável” e prometeu erradicar esta prática nos fornecedores da empresa.