Preço da habitação: Portugal desce nove lugares em ranking europeu

Associação de empresas mediadoras alerta para desvalorização crescente do património imobiliário.

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Queda do valor dos imóveis tem vindo a agravar-se. Nélson Garrido

Baseado no portal imobiliário internacional Property Guide, que tem como base imóveis com cerca de 120 m2, localizados nos centros mais importantes de cada país, o estudo da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal,  revela que entre Junho de 2012 e Janeiro de 2013 Portugal caiu da 26º posição para o 35º lugar no ranking.

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Baseado no portal imobiliário internacional Property Guide, que tem como base imóveis com cerca de 120 m2, localizados nos centros mais importantes de cada país, o estudo da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal,  revela que entre Junho de 2012 e Janeiro de 2013 Portugal caiu da 26º posição para o 35º lugar no ranking.

De acordo com a APEMIP, “há  cerca de um ano, o preço médio da habitação em Portugal rondava 2.330€/m2, valor que hoje se situa nos 1.741€/m2”.

“Até em Espanha - refere a associação - , um dos países onde houve uma das maiores bolhas imobiliárias do espaço europeu, o imobiliário já registou valorizações em 2012, como aconteceu em Madrid. É também de referir os valores praticados em países como a Grécia (3.516€/ m2), França (14.696€/m2) ou Itália (6.327 €/m2), bastante superiores aos praticados em Portugal”.

Para o presidente da APEMIP, Luís Carvalho Lima, esta desvalorização do património imobiliário “surpreende pela negativa”.

O responsável, que têm alertado para as consequências das vendas a baixo preço de imóveis da banca, destaca que o números reforçam a denúncia feita  há cerca de um ano, quando a associação demonstrou  “que os preços praticados em Portugal eram já dos mais baixos da Europa”.

“Neste  curto espaço de tempo os preços baixaram ainda mais”, destaca Luís Lima, questionando-se como é  que se justifica que Portugal esteja hoje apenas acima da Macedónia, Moldávia e Bulgária?

“Esta quebra não pode ser, de todo, baseada naquilo que deveria ser o normal funcionamento do mercado, mas sim na pressão que se verifica por parte de especuladores, para que os preços baixem injustificadamente”, conclui.