Aficionados questionam vitória da causa anti-touradas no concurso O Meu Movimento

Associação Prótoiro acusa movimentos anti-touradas de fraude na votação para concurso que dá direito a uma audiência com o primeiro-ministro.

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A primeira edição do concurso também foi ganha por defensores da abolição das touradas Nelson Garrido

“Tal como havia sucedido na passada edição, também esta fica marcada por mais uma enorme fraude informática que levou a que quatro dos cinco movimentos mais votados dissessem respeito a movimentos anti-tauromaquia”, acusa a associação Prótoiro em comunicado, acrescentando que já iniciou “os procedimentos legais para responsabilizar judicialmente os promotores deste movimento mentiroso e difamatório, bem como aqueles que o promoveram e divulgaram”.

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“Tal como havia sucedido na passada edição, também esta fica marcada por mais uma enorme fraude informática que levou a que quatro dos cinco movimentos mais votados dissessem respeito a movimentos anti-tauromaquia”, acusa a associação Prótoiro em comunicado, acrescentando que já iniciou “os procedimentos legais para responsabilizar judicialmente os promotores deste movimento mentiroso e difamatório, bem como aqueles que o promoveram e divulgaram”.

Para a associação, a votação online que vai dar direito a um encontro com Passos Coelho “foi conseguida através de votos que, nuns casos, não correspondem a pessoas reais e, noutros casos, foram efectuados por cidadãos estrangeiros não-residentes em Portugal”.

“A fraude foi de tal ordem que a organização d’<i>O Meu Movimento</i> reconheceu e retirou cerca de dez mil votos aos movimentos anti-taurinos mais votados”, recordam os aficionados.

<i>Fim dos dinheiros públicos para as touradas</i> é o nome do movimento vencedor deste ano. Já em 2012, o primeiro-ministro recebeu os defensores dos direitos dos animais, graças à iniciativa que vai agora na 2.ª edição.

“É uma mentira que o Estado português gaste 16 milhões de euros por ano a apoiar as touradas”, argumenta a Prótoiro, acrescentando estar na posse de documentos do Ministério da Agricultura que o comprovam.

A associação de defensores da festa brava deixa uma pergunta: “Porque continua o Governo a alimentar este tipo de mecanismos e a patrocinar tais burlas, desvirtuando o exercício da verdadeira cidadania?”.