Número de casais desempregados quase duplicou em Novembro

O universo de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou ao longo do ano passado de forma galopante face a 2011.

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Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), conhecidos nesta segunda-feira, mostram que nunca houve tantos casais fora do mercado de trabalho desde, pelo menos, Outubro de 2010, altura em que o IEFP começou a recolher estas estatísticas relativamente ao continente.

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Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), conhecidos nesta segunda-feira, mostram que nunca houve tantos casais fora do mercado de trabalho desde, pelo menos, Outubro de 2010, altura em que o IEFP começou a recolher estas estatísticas relativamente ao continente.

O número total de casais nesta situação é sete vezes superior ao registado nessa altura (1530 casais).

Este universo aumentou de forma galopante ao longo do ano passado, acompanhando a subida recorde da taxa de desemprego em Novembro (16,3%, segundo o Eurostat).

No final desse mês, havia mais 5395 casais desempregados do que em Novembro de 2011 (o aumento é de 95,5%). Só de Outubro de 2012 para Novembro, passou a haver mais 549 casos.

Nos centros de emprego do IEFP estavam inscritos, no final de Novembro, 662.937 desempregados. Perto de metade eram casados ou viviam em união de facto. Neste universo, o número de pessoas que ficaram fora do mercado de trabalho subiu 17,1% em termos homólogos, ligeiramente menos do que entre o total de desempregados inscritos nos centros de emprego.

Os casais desempregados com filhos a cargo estão abrangidos por uma medida de majoração do subsídio de desemprego (um aumento de 10% a cada membro do casal).

Até aqui, se um dos elementos do casal deixasse de receber subsídio de desemprego, mesmo que o outro continuasse a receber o subsídio, o casal perdia esta majoração. Neste ano, se um dos cônjuges deixar de receber a prestação ou passar a receber o subsídio social de desemprego, o outro elemento do casal terá direito ao aumento de 10% no subsídio de desemprego.