O “efeito Jesualdo Ferreira” continua a render juros ao Sporting

Quase nove meses depois, os “leões” voltaram a conseguir vencer um jogo fora de Alvalade. Labyad e Adrien marcaram os golos dos “verdes e brancos”.

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Adrien marcou o segundo golo dos "leões" AFP

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Os adeptos do Sporting já não estavam habituados a estas coisas. Quase nove meses depois, os “leões” voltaram a vencer um jogo fora de Alvalade (a última vez tinha sido a 22 de Abril do ano passado, no terreno do Nacional) e triunfaram pela segunda partida consecutiva. No Estádio José Arcanjo, em Olhão, ainda não se viu uma equipa “leonina” exuberante e com uma exibição totalmente convincente, mas no actual cenário de crise que se vive no clube, era difícil exigir-se mais aos “leões”.

Tal como tinha acontecido frente ao Paços de Ferreira, Jesualdo montou uma equipa de tracção ofensiva, com um jogador a actuar bem perto de Wolswinkel. No entanto, desta vez, não foi Jeffren que actuou nas costas do holandês. Jesualdo preferiu colocar o hispano-venezuelano num flanco e dar a titularidade a Labyad. O marroquino, que tem sido nas últimas semanas apontado como possível reforço do FC Porto, jogou a “10”, a posição que mais gosta, e mostrou que pode fazer a diferença nesta formação “leonina”. Destaque também para a titularidade de Miguel Lopes. O internacional português, que chegou há um par de dias a Alvalade envolvido no negócio da transferência de Izmailov para o FC Porto, realizou uma exibição segura.

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Ao contrário do que já era habitual neste Sporting 2012-13, os jogadores “leoninos” entraram em campo com uma postura de equipa “grande”. Sem medo, os “leões” rapidamente empurraram o Olhanense para o seu meio-campo e, aos 3’, saiu o jackpot aos “verdes e brancos”: Labyad, com muita classe, rematou em arco, de fora da área, não dando hipóteses de defesa a Rafael Bracali. No primeiro remate à baliza do Olhanense, o Sporting colocava-se na frente o marcador e, depois da vitória frente ao Paços de Ferreira alcançada nos últimos segundos, os jogadores “leoninos” recebiam mais uma preciosa injecção de moral.

Do lado dos algarvios, à semelhança do que acontecia com Jesualdo, Manuel Cajuda realizava o segundo jogo como treinador do Olhanense, após estrear-se a meio da semana com um empate sem golos frente ao Moreirense, para a Taça da Liga. Para além do revés de sofrer um golo logo nos instantes iniciais, Cajuda tinha uma mão-cheia de indisponíveis (Luís Filipe, Maurício, Ivanildo, David Silva, Djaniny e Babanco) e teve que abdicar do internacional sub-21 Nuno Reis, emprestado ao Olhanense pelo Sporting.

O técnico olhanense, no seu estilo habitual, tinha afirmado na antevisão do jogo que a sua equipa era favorita e lembrou que é dos treinadores no activo com mais vitórias frente ao Sporting, mas os algarvios nunca mostraram argumentos para derrotar esta transfigurada equipa lisboeta.

Em vantagem muito cedo, o Sporting, com Labyad e Adrien a assumirem papel de destaque, realizou uma primeira parte agradável, mas após o golo apenas voltou a assustar Bracali aos 44’, num remate de Insúa. Já Rui Patrício, apenas aos 41’, num remate de Evandro, teve oportunidade para se mostrar.

A segunda parte não foi muito diferente. Os “leões” voltaram a entrar com um ritmo forte e, aos 55’, fizeram o xeque-mate aos algarvios: Labyad, sempre ele, iniciou a jogada e entregou a bola para Adrien que rematou. A bola desviou em André Micael e acabou no fundo da baliza de Bracali.

Depois, com os níveis de confiança em cima, o Sporting controlou a meia hora final de forma tranquila perante um Olhanense demasiado fragilizado. No final, para além dos importantíssimos três pontos, os “leões” deixaram o Algarve com uma vitória que pode ser o tónico que a equipa “leonina” tanto precisava para acabar a época de forma digna e chegar aos lugares “europeus”.