Desemprego manteve recorde de 16,3% em Novembro, diz Eurostat

Portugal continua a ter a terceira maior taxa de desemprego da União Europeia e sofre subida de 2,2 pontos em relação a Novembro de 2011.

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O desemprego está subir desde 2007 e a percentagem dos que não têm direito a subsídio tem também vindo a aumentar Paulo Pimenta

O Eurostat não viu praticamente alteração nenhuma na composição do desemprego em Portugal em relação a Outubro, mantendo-se os mesmos 16,3% de desemprego, a terceira maior taxa da União Europeia.

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O Eurostat não viu praticamente alteração nenhuma na composição do desemprego em Portugal em relação a Outubro, mantendo-se os mesmos 16,3% de desemprego, a terceira maior taxa da União Europeia.

A única alteração em relação ao mês anterior foi uma ligeira quebra de 0,3 pontos no desemprego da população abaixo dos 25 anos, para os 38,7% em Novembro. O desemprego discriminado entre sexos continuou nos 16,8% para os homens e nos 15,7% para as mulheres.  

Segundo o gabinete de estatísticas da Comissão Europeia, a Espanha sofreu um agravamento de 0,4 pontos em relação a Outubro, mantendo a escalada ininterrupta no nível de desempregados e reforçando assim a posição de país com maior taxa de desemprego da União Europeia, agora com 26,6%. A Grécia está em segundo lugar, com 26%, valor medido pela última vez em Setembro.

Com a subida de 2,2 pontos em relação a Novembro de 2011, Portugal é igualmente o terceiro país dos 27 com maior subida anual do desemprego. Chipre é o país com o aumento mais grave, dos 9,5 para os 14%, seguido de Espanha, cuja taxa de desemprego passou dos 23% em Novembro de 2011 para os 26,6% para o mesmo mês do ano passado.

Na zona euro, a taxa de desemprego cresceu 0,1 pontos percentuais em relação a Outubro, para os 11,8%. Já na União Europeia a 27 manteve-se a taxa de 10,7% em Novembro.

Áustria, Luxemburgo e Alemanha continuam a ser os países com os números mais baixos do desemprego: 4,5%, 5,1% e 5,4%, respectivamente.

O Eurostat reviu ainda em baixa o valor do desemprego de Agosto em Portugal, dos 16,3 para os 16,2%. Este era, até esta terça-feira, o primeiro mês em que o desemprego batera a barreira recorde.

Os números do desemprego avançados pela Comissão Europeia baseiam-se nas informações do Instituto Nacional de Estatística e Instituto de Emprego e Formação Profissional. Os dados são frequentemente ajustados em função das actualizações do Gabinete Nacional de Estatística. O INE apresenta apenas resultados trimestrais e não tem disponíveis, portanto, dados para o desemprego em Novembro.