Confiança dos consumidores renova mínimos históricos

Confiança das famílias portuguesas desce para nível mais baixo desde que se iniciou registo, em 1998. Já o clima económico cai para mínimos desde 1990.

Foto
Quebras renovam mínimos históricos mas atenuam tendência negativa dos meses anteriores Rui Gaudêncio

Porém, em comparação com a última série de queda no índice de confiança, o indicador de Dezembro mostra uma tendência de mais ligeira. Desde Agosto – último mês em que as famílias reduziram o pessimismo em relação à economia nacional – que o indicador caía a um ritmo sempre superior a dois pontos. Mas, de Novembro para Dezembro, o indicador de confiança caiu uns ténues 0,8 pontos, para os 59,8 negativos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Porém, em comparação com a última série de queda no índice de confiança, o indicador de Dezembro mostra uma tendência de mais ligeira. Desde Agosto – último mês em que as famílias reduziram o pessimismo em relação à economia nacional – que o indicador caía a um ritmo sempre superior a dois pontos. Mas, de Novembro para Dezembro, o indicador de confiança caiu uns ténues 0,8 pontos, para os 59,8 negativos.

O INE compõe este indicador com base nas perspectivas das famílias portuguesas em relação à sua situação e à do país ao longo de um ano, nas estimativas sobre o mercado de trabalho e nas perspectivas de capacidade de poupança. Todos estes indicadores caíram em Dezembro de 2012, com a excepção da confiança no campo da poupança familiar, que sofreu um ligeiro aumento.

Também o clima económico contraiu no último mês de 2012 para atingir novo mínimo histórico. De acordo com os dados do INE, a quebra em relação a Novembro foi de 0,1 pontos, muito inferior às quedas de Outubro e Novembro, de 0,4 e 0,3 pontos, respectivamente.

Esta queda contraria um aumento de confiança em relação ao desempenho de todos os sectores da economia, como salienta o INE. O cálculo do clima económico, no entanto, não se baseia apenas na soma dos indicadores de sector. De entre as particularidades de cálculo, destaque para o facto de este indicador representar a média dos três meses precedentes.

O sector da construção e obras públicas registou o maior aumento no indicador de confiança em Dezembro, ao ter crescido 1,5 pontos, para os 70,7 negativos. Seguiram-se os sectores da indústria transformadora, que subiu 1,2 pontos, para os 21,4 negativos, do comércio, que subiu 0,8 pontos para os 19,9 negativos, e, por fim, o sector dos serviços, com a menor subida de 0,7 pontos para os 35,2, também abaixo de zero.