Arquitectura: Skinenergy gera energia a partir do sol, da chuva ou do vento

Este revestimento de tectos de infra-estruturas consegue gerar energia a partir do sol, da chuva ou do vento durante 24 horas, 7 dias por semana

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Design contemporâneo e sustentabilidade energética. São estas as duas valências que o Skinenergy espera trazer ao mercado da arquitectura num futuro próximo. Trata-se de uma espécie de “pele” desenhada para revestir os tectos de infra-estruturas urbanas que consegue aproveitar a energia do sol, da chuva ou do vento.

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Design contemporâneo e sustentabilidade energética. São estas as duas valências que o Skinenergy espera trazer ao mercado da arquitectura num futuro próximo. Trata-se de uma espécie de “pele” desenhada para revestir os tectos de infra-estruturas urbanas que consegue aproveitar a energia do sol, da chuva ou do vento.

A principal vantagem do Skinenergy é o facto de ser um “sistema híbrido único no mercado”, uma vez que consegue “gerar energia durante 24 horas, 7 dias por semana, independentemente das condições meteorológicas”, explicou Ricardo Sousa, um dos responsáveis pelo projecto.

Para além disto, a energia conseguida através do Skinenergy pode ser armazenada ou depositada na rede eléctrica pública, à semelhança de qualquer sistema de microgeração de energia normal, nomeadamente painéis solares ou geradores eólicos.

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Quanto aos materiais que compõem o Skinenergy, Ricardo Sousa destaca que os revestimentos poderão ter na sua estrutura uma espécie de "pele plástica", constituída por células fotovoltaicas e elementos microgeradores por movimento que geram corrente eléctrica sob pressão.

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Na prática, o Skinenergy pode ser colocado tanto em estruturas novas como em estruturas que precisem de ser reabilitadas. "O revestimento também poderia ser aplicado em paragens de autocarro, linhas férreas ou em auto-estradas para alimentar energeticamente as sinalécticas e a publicidade digital”, conta Ricardo Sousa ao P3. 

Toda a investigação feita para desenvolver o Skinenergy foi apoiada pela Universidade do Minho. Contudo, Ricardo Sousa salienta que a equipa precisa de um investimento de cerca de “15 mil euros” para concretizar um protótipo que permita mostrar em termos físicos todas as potencialidades do sistema. 

Depois disso, o rumo a seguir é em direcção ao Japão, à Alemanha e aos Estados Unidos. Os responsáveis gostavam que Portugal fosse “a principal montra de visibilidade do Skinenergy”, mas, face ao contexto económico actual, isso não é possível, porque o mercado nacional “não tem força” para garantir a sustentabilidade deste tipo de projectos.

O Skinenergy foi desenvolvido por Ricardo Sousa, juntamente com José Sousa e João Pereira. Juntos conseguiram que o Skinenergy fosse vencedor do Prémio Cidades, da iniciativa "Uma Cidade Perfeita", de 2012, com parceria da INTELI, a SIEMENS, a revista Visão e a Sociedade Ponto Verde.