Cardeal-patriarca de Lisboa pede “política de protecção à família”

“Somos um país a lutar corajosamente para vencer um período difícil da nossa história”, afirmou José Policarpo, na primeira missa do ano.

Foto
“Somos um país a lutar corajosamente para vencer um período difícil da nossa história”, afirmou José Policarpo Joana Bourgard

“Somos um país a lutar corajosamente para vencer um período difícil da nossa história”, afirmou José Policarpo, numa homilia em Rio de Mouro, concelho de Sintra. O cardeal-patriarca apelou a que se olhe “para o que está a acontecer às famílias”. E enumerou: “Leis permissivas que não valorizam o aprofundamento dos seus valores constitutivos; leis fiscais que penalizam a família; a incapacidade de evitar que o drama do desemprego se abata sobre as famílias; a diminuição da natalidade, que põe em causa o futuro da comunidade humana que pretendemos salvar.”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Somos um país a lutar corajosamente para vencer um período difícil da nossa história”, afirmou José Policarpo, numa homilia em Rio de Mouro, concelho de Sintra. O cardeal-patriarca apelou a que se olhe “para o que está a acontecer às famílias”. E enumerou: “Leis permissivas que não valorizam o aprofundamento dos seus valores constitutivos; leis fiscais que penalizam a família; a incapacidade de evitar que o drama do desemprego se abata sobre as famílias; a diminuição da natalidade, que põe em causa o futuro da comunidade humana que pretendemos salvar.”

Naquele que é também o Dia Mundial da Paz, José Policarpo, remetendo para a mensagem de Ano Novo do Papa Bento XVI, argumentou que “nas nossas sociedades europeias é urgente voltar a valorizar a sabedoria contida na religião, constitutiva de um quadro cultural que favorece e exige uma mística da paz” e defendeu que “os próprios modelos económicos e políticos de organização da sociedade têm de visar esta construção da paz como obra de justiça”.

As sociedades europeias, disse ainda, atravessam “uma profunda crise de civilização” e lembrou que, no ano em que a União Europeia foi distinguida com o prémio Nobel da Paz, Bento XVI desafia a Europa “a interrogar-se se a paz que conseguiu manter é a paz perfeita ou se não há um longo caminho, nunca completamente percorrido, para a edificação de uma paz verdadeira”.