Brasil apresenta candidato à direcção da OMC
O actual director sairá em Agosto de 2013. Já outros oito países apresentaram candidaturas.
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O candidato indicado é o diplomata Roberto Azevêdo, embaixador brasileiro junto da OMC desde 2008, responsável por desempenhar papéis-chave em importantes rondas de negociações da organização.
Entre as negociações de sucesso em que Azevêdo esteve envolvido figura o contencioso do algodão – litígio em que o Brasil contestava o subsídio do Governo norte-americano aos produtores de algodão nos EUA –, cujo resultado final favoreceu as autoridades de Brasília.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), a indicação foi feita por instrução da Presidente da República, Dilma Rousseff.
As eleições, previstas para Maio de 2013, escolherão o novo director-geral da organização para os próximos cinco anos.
Na nota, o Itamaraty destacou que o Brasil tem desempenhado um papel importante junto ao sistema multilateral de comércio, especialmente no âmbito das negociações da Ronda de Doha.
"A candidatura brasileira representa a importância atribuída pelo país ao fortalecimento da OMC e procura contribuir para o progresso institucional da organização e para o desenvolvimento económico e social mundial", destaca o Governo brasileiro.
Entre os países que já apresentaram candidatos estão o México (Hermínio Blanco), Coreia do Sul (Taeho Bark), Indonésia (Mari Pangestu), Gana (Alan Kyerematen), Quénia (Amina Mohamed), Costa Rica (Anabel Gonzalez), Jordânia (Ahmad Hindawi) e Nova Zelância (Tim Groser).
O actual director-geral da organização é o francês Pascal Lamy, cujo mandato expira a 31 de Agosto de 2013.